segunda-feira, 30 de agosto de 2010




As últimas eleições realizadas na Monarquia

O Diário de Notícias editou, ontem e hoje, umas notas de memória - A República no DN, da autoria do jornalista Luís Naves, que transcrevemos com a devida vénia.



Da Ilustração Portuguesa - nº237, de 5 de Setembro de 1910, reproduzimos a reportagem fotográfica referente às eleições




Nesta altura o jornal "A Vanguarda" só se editava aos domingos:





sábado, 28 de agosto de 2010



Colégio Dr. Correia Mateus - Leiria



O Colégio Dr. Correia Mateus na rua de Alcobaça, nº 9 em Leiria

O edifício, onde esteve instalado o colégio, na actualidade


Após o falecimento de João António Correia Mateus os seus bens foram utilizados por sua sobrinha e afilhada, Beatriz Franco Machado, na fundação do Colégio Dr. Correia Mateus, que sempre funcionou no mesmo edifício da rua de Alcobaça, em Leiria. Este prédio, de influência pombalina, que tinha sido adquirido, no início do século XX, pelo arquitecto Ernesto Korrodi, foi em 1910 comprado pelo Dr. Correia Mateus. Algum tempo depois do encerramento do colégio, o edifício foi vendido para ter funções comerciais e de habitação, sendo classificado como imóvel de interesse público.

O Colégio Dr. Corrreia Mateus deu, durante várias décadas, um grande contributo para o desenvolvimento intelectual da região, tanto mais que, durante muitos anos, foi o único estabelecimento de ensino do distrito com Curso Complementar Liceal.
Deve salientar-se que o prestígio do colégio, bem como o seu desenvolvimento, se devem a Beatriz Machado, responsável pela direcção do estabelecimento escolar, e à colaboração de duas distintas pedagogas, as Professoras Luísa da Conceição Saraiva e Manuela Machado Sá Marques.

Luísa Saraiva, com o curso do Magistério Primário, condecorada com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Instrução em 1938, foi um suporte importante e inesquecível da actividade do colégio.

Minha irmã Manuela, após a licenciatura em Filologia Germânica, dedicou-se ao Colégio Dr. Correia Mateus desde 1941 a 1967. A ida para Leiria, para junto de sua tia Beatriz, foi muito motivada pelo desejo de Bernardino Machado, já regressado do exílio, de que sua neta acompanhasse a filha Beatriz. Minha irmã Manuela, embora passasse a exercer funções pedagógicas no Liceu Camões, em Lisboa, desde os finais da década de sessenta até à aposentação em 1987, manteve sempre o apoio possível na organização das actividades do colégio.

Após o falecimento de Beatriz Machado e a extinção do Colégio Dr. Correia Mateus, o seu espólio foi doado ao Arquivo Municipal de Leiria.


Beatriz Franco Machado no seu gabinete de trabalho


A sala onde eram dadas, por Beatriz Machado, as aulas de Música

Beatriz Franco Machado e Luísa Saraiva


Manuela Machado Sá Marques no jardim do colégio


Beatriz Machado e sua Tia Malvina de Jesus Franco


Uma das visitas de Rita Machado Sá Marques ao Colégio, com a irmã Beatriz e a filha Manuela

Minha irmã Manuela conservou a correspondência que a Tia Beatriz guardou.
Bernardino Machado acompanhou sempre o desenvolvimento e a vida de sua filha Beatriz, educada por seus padrinhos Ermelinda de Jesus Franco e Dr. João Correia Mateus.
Transcrevemos algumas das cartas guardadas:




















sexta-feira, 27 de agosto de 2010



Toponímia de Leiria - Rua Dr. Correia Mateus



Do blogue do Colégio de Maria Imaculada - Leiria, reproduzimos, com a devida vénia, o video sobre a toponímia da cidade.

O video faz parte do trabalho, realizado pelos alunos, sobre o Centenário da República.

Felicitamos os Professores e Alunos pelo bom trabalho realizado!
Saudações cordiais para todos!






quinta-feira, 26 de agosto de 2010




Correia Mateus - Leiria





Correia Mateus em 1884 - quintanista de Direito da Universidade de Coimbra






Correia Mateus advogado e professor em Leiria






Uma da últimas fotografias de Correia Mateus





João António Correia Mateus nasceu em 20 de Setembro de 1857 na freguesia de Zambujal - Condeixa. Estudou e ordenou-se presbítero no Seminário Diocesano de Coimbra, onde desempenhou as funções de Professor e Perfeito. Frequentou o curso de Direito da Universidade de Coimbra, durante os anos de 1884 a 1889. Depois da formatura passou a residir em Leiria, onde se estabeleceu com banca de advogado, e onde passou o resto da sua vida, tendo desempenhado diversos cargos de responsabilidade política e administrativa. Foi professor e reitor do Liceu Nacional de Leiria, Governador Civil do Distrito, Presidente da Associação Protectora dos Pobres, Presidente de Exames dos Candidatos ao Magistério Primário, Juiz de Direito substituto, Membro da Sociedade de Instrução Militar Preparatória, Presidente da Comissão Distrital Republicana e Presidente do Município de Leiria, em quase todas as gerências, de 1902 a 1920. Depois da implantação da República abandonou as funções sacerdotais. Depois do seu falecimento em 21 de Agosto de 1928 os seus bens foram utilizados por sua afilhada Beatriz Franco Machado na manutenção do Colégio Dr. Correia Mateus.

É em Coimbra que Correia Mateus estabelece relações de amizade com Bernardino Machado. Mais novo seis anos, quando frequentou o curso de Direito já Bernardino Machado era professor catedrático. Presumo que as relações maçónicas tivessem como causa o facto de ambos terem sido iniciados na Loja Perseverança de Coimbra.
Os dois relacionaram-se com a família conimbricense de Victorino Martins e Joana de Jesus Franco e filhos - Alfredo, Beatriz, Filomena, Ermelinda e Malvina.
Alfredo Dias Franco depois de completar o curso de farmaceutico pela Universidade de Coimbra, montou uma farmácia em Mourisca - Águeda.
Ermelinda de Jesus Franco viveu com Correia Mateus em Leiria, tendo falecido em 1926.
Beatriz de Jesus Franco teve duas filhas "naturais" de Bernardino Machado. Em 1881 nasceu, em Coimbra, a filha Manuela, perfilhada por Bernardino Machado depois do seu casamento com Elzira Dantas (1882), tendo passado a viver com a família Machado. Em 1902 nasceu a segunda filha, em casa de Correia Mateus e de sua irmã Ermelinda, os quais serão os seus padrinhos de baptismo e tutores; fica com o nome de Beatriz Franco Machado, mas só será perfilhada por Bernardino Machado, em 1942, depois do regresso do segundo exílio.





Ermelinda de Jesus Franco











Alfredo Dias Franco











Da esq. para a dir. - Ermelinda, Beatriz, Filomena e Malvina de Jesus Franco







Beatriz de Jesus Franco







Maria Manuela Machado











Beatriz Franco Machado






Filomena de Jesus Franco casou em Coimbra com Francisco do Carmo e Sá, de quem teve um filho - Octaviano do Carmo e Sá.





Malvina de Jesus Franco viveu em Leiria com a irmã Ermelinda e sua sobrinha Beatriz, até falecer já na década de 40









quarta-feira, 25 de agosto de 2010



LEIRIA E A REPÚBLICA

Da colecção "Roteiros Republicanos", foi editado o volume referente a LEIRIA, coordenado pelo Doutor Acácio de Sousa, distinto director do Arquivo Distrital de Leiria.







Roteiro Republicano de Leiria

A Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário da República de Leiria, que conta com a participação activa do Doutor Acácio de Sousa do Arquivo Distrital de Leiria, do Orfeão de Leiria e da Câmara Municipal, organizou o 2º Roteiro Republicano de Leiria, desta vez, encenado, que se realizou no dia 19 de Junho de 2010, tendo partido do Terreiro, junto à Biblioteca Municipal.




O "encontro" com o Dr. Correia Mateus, figura ilustre de Leiria, presidente da Câmara, advogado, professor do Liceu, que contou, orgulhoso e entusiasmado, muito da história de Leiria de há cem anos.

O cortejo passou pela Rua Dr. Correia Mateus, inaugurada há 81 anos.

No final houve uma reunião no salão nobre da Câmara, onde os "anfitriões" falaram das vantagens e malogros da República, que, apesar de tudo, valeu a pena porque tudo foi feito em nome da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.

As fotografias e a descrição deste roteiro foram retiradas do blogue "picosderoseirabrava" (http://www.picosderoseirabrava.blogspot.com/) da Senhora Professora Dra. Graça Sampaio, que, com a devida vénia, felicitamos e cordialmente cumprimentamos.

A Dra. Graça Sampaio ao terminar o relato do "Roteiro Republicano", agradece e homenageia o Doutor Acácio de Sousa pela dedicação, trabalho e alegria que põe na preparação e acompanhamento das comemorações, faz votos para que a Loja Gomes Freire continue a laborar, com os mesmos ideais republicanos, e reproduz a fotografia da "Jovem República" que tão bem desempenhou o seu papel.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010





O Dr. Amadeu Gonçalves tem vindo a publicar no seu blogue - literatura&filosofia (http://www.litfil.blogspot.com/ ) uma galeria de
republicanos, do jornal "O Mundo", de que retiramos o referente a Bernardino Machado.






quarta-feira, 18 de agosto de 2010



Manifestação da cidade de Lisboa à memória de Elias Garcia
21 de Abril de 1895


A cidade de Lisboa prestou uma sentida homenagem a Elias Garcia, quatro anos após o seu falecimento, com uma romagem ao cemitério do Alto de S. João, onde foi contruido um jazigo, por subscrição pública, para recolher os seus restos mortais. A população juntou-se no Campo dos Mártires da Pátria, daí partindo para o cemitério. Quando o cortejo passou pelo Largo da Escola Municipal, foi descerrada uma lápide comemorativa da inauguração da escola, tendo sido pronunciado um discurso por Bernardino Machado. No cemitério falaram José Isidro Viana, Brito Aranha, Ernesto da Silva , Pinheiro de Melo e Gomes da Silva.





Jazigo de José Elias Garcia no Cemitério do Alto de S. João




Na Escola Primária Central nº 1, no Largo da Escola Municipal, foi descerrada uma lápide que representa um livro aberto, tendo gravado uma pena e as letras ABC, acompanhado por folhas de hera atadas com uma fita com a legenda - Instrução do povo. Na lápide está gravada a seguinte inscrição: Homenagem da cidade de Lisboa a José Elias Garcia - 1º vereador do pelouro da instrução municipal - Preponente, em sessão de 17 de Outubro de 1872, da criação desta escola, inaugurada a 20 de Dezembro de 1875 - Abril de 1895.
Numa das janelas da escola, Bernardino Machado, que estava acompanhado pelo Dr Isidoro Viana e Pereira Batalha, leu o seguinte discurso:







Descrição promenorizada das cerimónias da Homenagem prestada pela cidade de Lisboa a Elias Garcia no dia 21 de Abril de 1895, no jornal "A Vanguarda"