quinta-feira, 31 de maio de 2012












Professor Doutor Norberto Ferreira da Cunha - Coordenador Científico  do Museu


Mais um volume das Obras de Bernardino Machado













Do Prefácio do Tomo 2 - III Política  -  Norberto Cunha



O Museu estabeleceu, como uma das suas prioridades, recolher e editar os escritos de Bernardino Machado, dispersos e muitos deles de difícil aquisição. A periodicidade como têm surgido os volumes deste meritório investimento, augura-nos que em breve os interessados e estudiosos da nossa história e cultura pátrias já possam ter nas suas estantes a Obra Completa de Bernardino Machado.








                    
                                                                                                                             


Para ler os textos clicar por duas vezes sobre as imagens!







Bernardino Machado  -  Grão Mestre da Maçonaria Portuguesa



Da biografia de Bernardino Machado - Museu Bernardino Machado - clique aqui -transcrevemos:
"1895
13 de Abril – Cópia dos trabalhos da Grã Loja Maçónica Simbólica para a eleição do Grão Mestre da Maçonaria Portuguesa. Bernardino Machado foi eleito com 195 votos
Às 9 horas da noite, estando presentes os R [everendíssimos] Ir [mãos], que constam do livro de presença, o M [estre] R [everendíssimo] Ir [mão] Vice Pres. convidou para ocupar o lug [ar] de 1.º Gr [ão] Vig [ário] o R. Ir. Martins Moniz e para 2.º lugar o Gr. Vig.o R. Ir. Galeno. [...] Reabertos os trab [alhos] o R. Ir. Júpiter, disse que a comissão tinha visto que tinham obtido votação os R [everendíssimos] Ir [mãos]
Cons [elheiro] Bernardino Luís Machado Guimarães: 195 votos
Franc [isco] Gomes da Silva: 8 votos
Eduardo de Abreu: 12 votos
José Pinheiro de Melo: 3 votos [...]
e que em consequência deste resultado, era eleito Gr[ão] Mestre da Maç. Portuguesa, o R [everendíssimo] Ir [mão] Cons [elheiro] Bernardino Luís Machado Guimarães. [...]
N. B.: A 3 de Julho de 1895 Bernardino Machado tomou posse do lugar de Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa."


Óleo de António Carneiro  -  Grande Oriente Lusitano  -  Rua do Grémio Lusitano, 22 - Lisboa 







terça-feira, 29 de maio de 2012





Recordando Alice Pestana (Caiel)



Clicar por duas vezes sobre a imagem


Um recorte do Diário Popular de 26 de Abril de 1973, com texto de Elina Guimarães  -  "Uma grande esquecida: Caiel"





Acabei de adquirir o livro da Alice Pestana  -  "Comentários á Vida", com dedicatória a Bernardino Machado









segunda-feira, 28 de maio de 2012





Ana de Castro Osório em S. Paulo



Inauguração da Câmara de Comércio de S. Paulo (Dezembro de 1913)
Presentes: Bernardino Machado já como Embaixador, Canto e Castro, comandante do cruzador "Adamastor" em visita oficial ao Brasil, Ana de Castro Osório e seu marido Paulino de Oliveira




Conto de Natal - "No Pateo" - de Ana de Castro Osório, no jornal "Portugal Moderno" de 24 de Dezembro de 1913





Para o Dr. João Esteves, com um abraço apertado e já saudoso!

Uma carta de Ana de Castro Osório


Minha Mãe casou em 22 de janeiro de 1912. A carta de Ana de Castro Osório é de resposta à que recebeu de minha Mãe em que participava o seu casamento. Ana de Castro Osório estava em S. Paulo, onde seu marido - Paulino de Oliveira - era o cônsul de Portugal (1911/1914)



Um apontamento de Bernardino Machado








São Paulo 25 1º 1912

Minha querida amiga

Ficará muito admirada quando eu lhe disser que recebi hoje, 25 de Janeiro, a sua muito prezada cartinha datada de 25 do passado, o dia da Família na nossa República Patriarcal?! Menos tempo do que esta carta levou o audaz açoriano, que aqui veio no seu barquinho à vila dar parte a D João VI que os franceses tinham sido expulsos de Portugal. Bem empregada coragem e bem empregado amor por tal mostrengo. Não acha? Mas para os brasileiros é o mais famoso e o mais sábio dos reis!... Para nós é dum cómico extraordinário esta opinião. Enfim … até os reis eram aqui em moeda fraca – grandes valores… nominais. Pois se eles ainda não descobriram republicano mais republicano do que o velho imperador, que querem trazer para cá como relíquia!...
Mas, deixemos os nossos irmãos, que aqui para nós, muito pouca sinceridade tem no seu aparente afecto pela nossa República, e vamos ao assunto da sua cartinha que muito me agradou, mas não me surpreendeu, fique sabendo!
Conhecemos o seu noivo, sim senhora! Então não se lembra que estava na Cruz Quebrada quando nós lá fomos? Pois estava, e escuso de dizer mais nada, pois onde há fogo...
Do coração lhes desejamos muitas felicidades; e com certeza que não podem ser infelizes sendo a minha amiga dotada duma tão consciente bondade e o seu companheiro escolhido pelo seu belo coração e pela amizade de seu irmão António, a quem nos liga uma grande simpatia, já porque foi a primeira pessoa que conhecemos em Coimbra, já porque é feminista… ou já atraiçoaram a nossa causa?
Fico muito contente com a notícia que me deu, porque vi que a minha amiga estava muito alegre, muito feliz ao enviar-ma; mas fiquei um nadinha despeitada, porque estava com a esperança de que acompanhava seu Pai.
Quem vem com ele? Nenhuma das suas manas? Nenhum dos seus irmãos? A Joaquina devia vir para ver se fazia esta gente… republicana. Estou ansiosa porque chegue a notícia da vinda, para irmos logo ao Rio vê-los. Não imagina como aqui se tem saudades dos amigos, numa terra onde se encontram tão poucos! No Rio parece que não é tanto assim, mas este S. Paulo é duma frieza que gela! Bem se vê que estão a 700 metros acima do nível do mar…Até os portugueses que vêm para cá amuam e tornam-se uns verdadeiros ursos. Depois, como isto foi terra fundada pelos jesuítas, eles julgam-se no dever de elogiarem sempre esses bichos, que deixam por aqui à solta, como onças domesticadas, e o beatério triunfa. Até agora vão construir uma catedral! – nesta hora da civilização uma catedral!... – para a qual há por aí figurãozinho que dá 200 contos!... É verdade que esta Notre dame é de tijolo e cimento armado, o que dá a perceber que a fé deles é mais de vista do que de outra causa. . Mas em todo o caso a fradalhada triunfa e nós que nos vimos livres deles aí graças à revolução aqui os viemos encontrar de sandálias e cordão , com uns ares fartos de traças da sociedade.
A minha Amiga diz que há muito lhe não escrevo; mas eu não recebi nunca carta sua! Escreveu? Como escrevi umas poucas de cartas e a minha Amiga não me disse que as tinha recebido supus que se tivessem desencaminhado.
Por este correio lhe envio uma lembrança de São Paulo, que é a única coisa que poderei mandar com segurança pelo correio, pois aqui é terrível, não escapa nada! Imagine que mandámos vir um retrato do Manuel de Arriaga para estar no consulado no dia 5 de Outubro e aparece agora, pedindo de direitos…- quanto lhe parece? Não advinha? Trinta e tantos mil reis!... É uma gente extravagante. É tudo assim! Por mais que digam, é ainda um país em formação e por isso cheio de disparates e anomalias.
Temos passado regularmente de saúde, eu ainda não senti calor, porque aqui na cidade há apenas algumas horas de calor, quando há. Refresca logo e chove quase todos dias. O Paulino gosta muito assim. Eu gostava de mais de um temperozinho de calor, mas como há muitas flores, assim mesmo vou estando satisfeita.
Adeus minha querida Amiga! Mais uma vez muitos parabéns nossos a ambos V. Ex. cias… Saudades a todos os seus e agora não deixe de me dar de quando em quando as suas notícias. Não se esqueça de me dizer quem acompanha seu Pai. Sua mamã com certeza não pode vir por causa dos pequeninos. Mas eles aqui (mas é em S. Paulo) com certeza se davam bem, pois o nosso Géca está famoso com estes ares, alto e gordo.
                   Creia-me com o maior afecto
                    sua muito dedicada
                          ACOsorio





domingo, 27 de maio de 2012





 



Do blogue do Dr. Amadeu Gonçalves  -  dopresente  -  clique aqui -  transcrevemos a reportagem da sesão realizada no passado dia 25 de Maio no Museu Bernardino Machado


"maçonaria oitocentista em portugal
O convidado de mais uma conferência do Ciclo dedicado à Maçonaria, António Lopes, enalteceu a atitude cívica destes encontros, congratulando-se pela sua presença no Museu Bernardino Machado. Para António Lopes, não há perguntas muito difíceis para a Maçonaria, podendo haver uma ou outra. Pretendendo transmitir sobre “o que é isto, a Maçonaria”, inicia por clarificar o auditório que a Maçonaria é um grupo de pessoas, homens e mulheres, uma organização masculina e feminina, para se discutir e se falar de tudo. Tem como fim o combater preconceitos para sermos verdadeiramente livre-pensadores. A Maçonaria, que nasce no século XIX, é fruto de uma mudança política, cultural e social da Europa, sendo a causa e a consequência dessa mudança, indo buscar as lendas e os símbolos para os seus rituais à cultura. E se nasce em Inglaterra em 1717, na Maçonaria tudo se pode discutir, menos religião e política. Sempre que meteu a política e a religião, a Maçonaria sempre se deu mal
Com uma organização rudimentar na sua fase inicial em Portugal (conhecendo-se, apenas, duas lojas, A Casa Real dos Lusitanos e os Hereges Mercadores), as reuniões maçónicas iniciais realizavam-se em casas de particulares, o que tem uma consequência, o facto de serem itinerantes (constituindo, hoje, uma falha na documentação histórica); existia, igualmente, uma conflitualidade nas lojas maçónicas, sobre as questões de ordem ritual e, acima de tudo, a falta de uma estrutura central, apesar da existência de um Corpo Maçónico, que reunia a direcção das lojas então existentes em Portugal e as defendiam dos ataques por parte da Inquisição.Com a criação do Grande Oriente Lusitano (1802), no qual existia tanto o rito francês, como o inglês, existindo uma Maçonaria portuguesa até às invasões francesas e uma outra após as mesmas. Para além disto, na estruturação da Maçonaria no início do século XIX surge um conjunto de repressões perante a mesma instituição.
Não havendo documentos suficientes que comprovem a implicação da Maçonaria perante a Revolução Liberal de 1820, e nas relações do Sinédrio com a Maçonaria, surgindo, ao mesmo tempo, em Portugal a Carbonária, de tendências francesas, surgiram vários problemas de ordem social e cultural, e mesmo de mentalidade, perante a Constituição de 1822, nomeadamente a posição do Cardeal Patriarca de então, para o qual não se podia reconhecer a igualdade entre os homens, com o argumento de que se a mão tem cinco dedos todos eles diferentes, logo os homens não podem ser todos iguais. O que surgiu com a respectiva Constituição de 1822, foram algumas reacções, nomeadamente, por exemplo, a de Francisco Faria e Maia, para o qual os intelectuais aliaram-se da realidade, esquecendo a educação para o povo para a mudança da sociedade. Alias, para o Prof. António Lopes, Portugal andou sempre ao sabor dos ventos do liberalismo europeu, tendo sido um dos seus combatentes, de tal realidade, o P. José Agostinho de Macedo, surgindo com o miguelismo duas correntes: o liberalismo e o absolutismo.
Do Brasil, após a vinda da corte, a Maçonaria adoptou o rito escocês, enquanto que da França e da Inglaterra surgiram novas ideias, vindo, particularmente de França, a Carbonária, conforme já se disse. Para o Prof. António Lopes, há várias carbonárias consoante as épocas. Em 1834 há um novo crescendo da Maçonaria, surgindo, ao mesmo tempo, cisões e divisões internas, devido, precisamente, às várias obediências então existentes, e mesmo perante o sistema político (existindo então as sociedades patrióticas, daqui nascendo os partidos políticos), que se começa a organizar em Portugal por meados do século XIX, com a Regeneração, estando em campo cabralistas e setembristas.
Uma das diferenças da Maçonaria da de hoje perante a emergente em meados do século XIX, está na força, na beleza e na sabedoria com aquilo que se discutia e se falava nas reuniões maçónicas. A Maçonaria, então, aproxima-se dos grémios e das associações culturais e cívicas de oitocentos, tendo como obrigação social ensinar a ler e a escrever. Será, essencialmente, a partir dos anos 70 que a Maçonaria se aproxima do movimento republicano, juntando então monárquicos e republicanos, ambos estando presentes nas respectivas associações e nos respectivos grémios. O que une, segundo António Lopes, esta geração é o altruísmo político em todos os quadrantes para o bem comum, estando em causa a participação cívica, ficando assim a pessoa mais completa."










sexta-feira, 25 de maio de 2012



Para leitura do texto, clicar por duas vezes sobre a imagem


Entre os meus recortes de jornais encontrei este artigo - "O elogio da honradez" - escrito por João Palma Ferreira, no Diário de Notícias de 9 de Julho de 1989, em que faz referência ao sabonete Presidente da Firma Claus & Scheweder, Suc. do Porto, com a figura de Bernardino Machado impressa  no invólucro. Na colecção dos sabonetes Claus - Celebridades, que procurei na internet, não encontrei o referente a Bernardino Machado. Aliás nunca tive conhecimento da existência desta marca de sabonete. No catálogo "Etnografia do quotidiano" do Museu Nacional de Arqueologia não está referido. Gostava que alguem que ainda conserve o sabonete, ou o invólucro, me fizesse o favor de enviar uma fotografia do exemplar que possui.


Sabonetes da firma Claus Schweder, do Porto, da série "Celebridades"


República. Etnografia do quotidiano



Integrada nas Comemorações do Centenário da República, o Museu Nacional de Arqueologia apresenta a exposição A República.Etnografia do quotidiano, que se prolongará até 30 de Setembro de 2011.
Criado em 20 de Dezembro de 1893, por decreto do Doutor Bernardino Machado, mais tarde duas vezes Presidente da República, o actual Museu Nacional de Arqueologia (MNA) foi inicialmente concebido pelo seu fundador, o Doutor José Leite de Vasconcelos, como um “Museu do Homem Português”, numa óptica etnológica globalizante.
As colecções etnográficas do MNA incluem testemunhos dos diferentes aspectos da vida social, sobretudo em ambiente rural. Ocasionalmente foram também recolhidas colecções representativas do quotidiano urbano, muito mais sensível às vicissitudes políticas de cada época. Está neste caso um interessante conjunto de 99 peças alusivas à implantação da República, recolhidas por Luís Chaves em Lisboa, no rescaldo da Revolução de 5 de Outubro de 1910, de que agora se comemora o centenário.•
Ocupados como estavam pelo registo das “grandes coisas”, a maior parte dos que viveram e mais tarde estudaram a Revolução Republicana não cuidaram de recolher estes testemunhos de um quotidiano etnográfico urbano, que são hoje raros e nos informam comoventemente sobre o impacte da República do dia-a-dia da cidade e do País.
Figuras de cerâmica, lenços, avental, alfinetes de lapela, caixas de folha, cerâmica ou cartão e até um conjunto de 4 sabonetes… todos com simbologia republicana. Um acervo simples, mas precioso com que o NNA se associa à comemoração do centenário da implantação da República.



quinta-feira, 24 de maio de 2012



Da colecção "Livros de Boavida Portugal", tenho o volume - "Portugal, Terra de Heróis", que foi oferecido pelo autor ao Ministro da Instrução Pública, que à data da edição do livro (1918) era o Dr. Alfredo de Magalhães, do governo de Sidónio Pais, embora  a página nº. 2 traga a fotografia de Bernardino Machado - Presidente eleito da República Portuguesa. A edição é dedicada ao Glorioso Exército Português.


Clicar por duas vezes sibre a imagem para a aumentar









quarta-feira, 23 de maio de 2012






Banhistas na praia de Moledo do Minho  -  1910


Para a Paula e a Rita apreciarem!...

No grupo estão duas  filhas de Bernardino Machado, a Rita e a Joaquina (2ª e 5ª a contar da esquerda)

Clicar duas vezes sobre a imagem para a aumentar






terça-feira, 22 de maio de 2012





Paredes de Coura  -  Mantelães

Para o Eduardo Daniel Cerqueira, com um apertado abraço! Para a sua colecção de fotografias, que tem divulgado no blogue  - "Paredes de Coura - Território com Alma" (clicar aqui)



Para aumentar a fotografia clicar por duas vezes sobre a imagem.

Fotografia tirada no verão de 1931  -   Familiares de Bernardino Machado à porta da casa de Mantelães. Nesta data Bernardino Machado estava em Beyris (Bayonne).

Da esq. para a dir. : - de pé: António Barros Machado (neto), Narciso Machado (filho), Júlio Machado Vaz (neto) e Domingos Machado (filho); - sentados: Bento Machado (filho), Bernardino Machado Vaz (neto), Miguel Machado (filho), António Machado (filho), Angelo Vaz (genro), Inácio Machado (filho), Bernardino Machado (filho) e Bernardino Barros Machado (neto); - ao centro: Augusto Barros Machado.



segunda-feira, 21 de maio de 2012







Dia Internacional dos Museus



No blogue do Dr. Amadeu Gonçalves  -  dopresente  -  clicar aqui  - podemos ler o relato dos eventos realizados no Museu Bernardino Machado, no "Dia Internacional dos Museus".











Bernardino Machado caricaturado em anúncios de jornais



domingo, 20 de maio de 2012






 
Para aumentar o tamanho das letras e poder ler o texto, clicar  por duas vezes sobre a imagem.