quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011



Para o Dr. Amadeu Gonçalves!

Não posso deixar de referir a minha satisfação com as gentis palavras do meu querido Amigo, Dr. Amadeu Gonçalves, que acaba de colocar no blogue literatura&filosofia - (http://litfil.blogspot.com/) - as suas impressões da visita que fez, em Coimbra, às exposições sobre a Primeira República.

E não resisto a reproduzir o texto e algumas das fotografias que tirou, e enviar um apertado abraço de gratidão!



"COIMBRA E A REPÚBLICA"

"O Dr. Alexandre Ramires, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, nas suas entusiásticas explicações.

Hoje fui a Coimbra em trabalho. O dia esteve magnífico. Mais magnífico esteve com a companhia do Dr. Alexandre Ramires, o responsável e o coordenador da exposição "Ver a República", a qual está ainda patente até ao próximo dia 27, em Coimbra, mais propriamente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, no Museu Nacional Machado de Castro e no Museu da Ciência da Universidade. É um olhar diferente da República, um olhar apaixonado e vivo por parte do Dr. Alexandre Ramires. Um olhar e um "ver" com alma! O catálogo, com ilustrações magníficas, algumas originais e do próprio espólio particular do Dr. Alexandre Ramires, um apaixonado pela fotografia, contém textos de Fernando Seabra Santos ("República Viva"), Amadeu Carvalho Homem ("A República e a Universidade" e "Galeria Republicana"), Luís Reis Torgal ("Galeria Republicana"), Alexandre Ramires ("Galeria Universidade") e Paulo Gama Mota ("A Ciência na República"). O registo do dia aqui fica dedicado ao Dr. Manuel Sá Marques, com estas fotografias, com amizade fraterna."



quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011





A HEMEROTECA DIGITAL acaba de digitalizar
A sátira : revista humorística de caricaturas
Carvalhais, Stuart, 1887-1961, ed. lit.; Guerreiro, Joaquim, 1886-1941, dir. publ.
A. 1, n.º 1 (1 Fev. 1911)-a. 1, n.º 4 (1 Jun. 1911)







terça-feira, 22 de fevereiro de 2011



Do portal - CIVITAS BRAGA - Associação para a Defesa e Promoção dos Direitos dos Cidadãos, transcrevemos com a devida vénia:




Elzira Dantas Machado e Rita Dantas Machado



Homenagem às Mulheres Republicanas, Elzira Dantas Machado e sua filha Rita Dantas Machado, ligadas ao Município de Vila Nova de Famalicão por laços familiares e pelo coração. A homenagem ocorrerá na sessão de apresentação do livro de Fina D'Armada, "As Mulheres na Implantação da República", no próximo dis 28 de Fevereiro, às 16: 30 horas, no Museu Bernardino Machado.Todas as razões justificam que demonstremos a nossa gratidão e admiração por estas duas mulheres que se distinguiram, durante a I República, na promoção dos Direitos Cívicos e Políticos das mulheres portuguesas.Elzira Dantas Machado, casada com Bernardino Machado, teve um papel activo e preponderante na criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, bem como na Associação de Propaganda Feminista, na Caixa de Auxílio aos Estudantes Pobres dos Sexo Feminino e na Cruzada das Mulheres Portuguesas, as quais desempenharam um papel relevante na defesa da cidadania e do feminismo. Elzira acompanhou sempre o marido no seu percurso profissional e político. Com ele passou horas felizes em Rorigo - Calendário, em Vila Nova de Famalicão, acompanhados dos seus filhos. Viveu treze anos amargurados no exílio, escrevendo, em La Guardia, o livro "Contos para os Meus Netos".Rita Dantas Machado, filha de Elzira e Bernardino, foi, entre 1909 e 1911, das principais activistas das Associações Femininas, tendo desempenhado cargos (Secretária e Tesoureira) na Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e na Associação de Propaganda Feminista integrou o primeiro Núcleo de Fiministas que pugnaram pelo sufrágio feminino.São estas duas mulheres e feministas que pretendemos evocar e resgatar do esquecimento público. Os laços de sangue e afecto que as ligam ao Município de V. N. de Famalicão justificam que esta homenagem ocorra em Famalicão e, em particular, no Museu Bernardino Machado.





"REPUBLICANIADAS" - Um livro de António Correia Pinto de Almeida, jornalista republicano, escritor e poeta da Figueira da Foz.

Livro do espólio do Dr. Emílio Ricon Peres, que ontem gentilmente me emprestou!



Fotografia do poeta - Arquivo Fotográfico Municipal da Figueira da Foz (retirado do blogue "Presente")



No blogue de 9 de Outubro de 2009, a propósito do folheto - "O Sr. Bernardino Machado existiu e existe", já nos referimos a António Correia Pinto de Almeida, que assinava com os pseudónimos - Marco António e António Amargo.

No Colóquio realizado na Universidade de Nantes ("Département d'Études Lusophones") em Novembro de 2009, e intitulado "Res publica, République, Republica:matrices, héritages, singularités (monde lusophone), foi apresentada uma comunicação, por Manuel Ferro (Universidade de Coimbra), intitulada - "La République dans la lusophonie: l'ironie, le sarcasme et l'autodérsion comme critique du modèle républcain" - "A implantação da República Portuguesa sob o olhar acutilante da paródia: Republicaniadas, de Marco António (António Correia Pinto de Almeida)". Esta notícia encontra-se em
http://nomodos.blogspot.com/2009/11/colloque-univ-nantes-departement.html

Outras referência curiosas ao poeta podem ser lidas nos "sites"

http://anibaljosedematos.blogspot.com/2009/11/para-historia-da-figueira-da-foz-cxcii.html


http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/2009/03/











MUSEU BERNARDINO MACHADO




A PEÇA DA SEMANA



Prato de Resistência
Características: Prato em cerâmica pintada à mão representando Bernardino Machado e 4 figuras femininas: A Moral, A Justiça; A Lei e A Justiça. Bernardino está a segurar estas figuras simbólicas e a apontar para o "Barrete republicano", simbolizando que estes princípios se encontram no regime republicano.
Autor: Guilherme
Data: Lisboa, Fevereiro 1908
Dimensões: 23,5 cm
Nº inv.: 187
Doação: Família Sá Marques

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011




Meu Avô Bernardino após o pedido de exoneração de Professor da Universidade de Coimbra (16 de Abril de 1907), em atitude de protesto contra a repressão governamental à greve académica, vem residir para Lisboa. Achámos interessante digitalizar a carta que escreveu a seu filho António, em Junho de 1907, para Coimbra. O filho Miguel, regressava, nesta altura, de Zurich, onde terminara os estudos.
Poucos dias depois, em 11 de Julho, é-lhe promovida uma homenagem pública, na Travessa do Pinheiro (à Estrela), onde então residia.






"António

É claro que as conferências particulares que tenho, não são do domínio público senão quando eu e as outras pessoas que nelas intervêm, estamos por isso. Se as refiro em casa, não é para se repetirem sem a minha expressa anuência. Estou em cuidado com a Mamã. Ela que faça o favor de dizer à D. Sofia que este ano vamos para Moledo. Viram a "Ilustração Portuguesa" ? Saudades pra todos do

teu pai

Bernardino

A Mamã que autorize o Miguel a vir por Nápoles e depois por mar."




A Ilustração Portuguesa a que Bernardino Machado faz referência na carta para o filho António






sábado, 19 de fevereiro de 2011



Liceu Camões de Lisboa

Meu Pai - Alberto Sá Marques de Figueiredo - após a sua licenciatura pela Universidade de Coimbra, foi colocado, em 1906, no Liceu Naional de Lisboa, instalado no Palácio da Regaleira, no Largo de S. Domingos. Aí leccionou até passar para o Liceu Camões, inaugurado em 1909. Neste novo edifício ministrou o ensino de Física, no laboratório experimental.



O Palácio da Regaleira onde esteve instalado o Liceu Nacional de Lisboa

O Liceu Camões inaugurado em 1909


Meu Pai entre os discípulos no Laboratório de Física do Liceu Camões



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011



Acabo de encontar estes dois apontamentos de meu Avô Bernardino!











MUSEU BERNARDINO MACHADO











Apresentação do Livro "As Mulheres na Implantação da República"
28 de Fevereiro de 2011

Conferência - As Mulheres na República, pela historiadora Fina D’Armada, autora do Livro “As Mulheres na Implantação da República”.
Homenagem a Elzira Dantas Machado (mulher de Bernardino Machado) e sua filha, Rita Dantas Machado, destacadas activistas da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e dos Direitos das Mulheres.
Depoimento do neto e filho das homenageadas – Dr. Manuel Sá Marques.
Momento musical pelos alunos da Fundação Castro Alves / CCM/ARTAVE.


Livro: As Mulheres na Implantação da República
Autora: Fina D’Armada
Organização: Civitas Braga
Hora: 16h30
Local: Museu Bernardino Machado
Resumo:
Esta obra trata das mulheres de Norte a Sul do País que tiveram algum papel no processo de implantação da República. Realça as lutas femininas colectivas ou isoladas para a instauração de um novo regime, depositando nessa mudança o desejo de melhoria da sua condição. Começa em 1880, quando Angelina Vidal discursa na abertura do partido republicano do Porto, vestida de verde e vermelho (origem das cores da nossa bandeira?), e termina com a morte da sufragista Carolina Beatriz Ângelo, em 1911, que, de certa forma, significa a morte dos sonhos...
"Nesta obra, Fina d'Armada convida-nos a uma viagem contra a invisibilidade das mulheres na luta pela implantação da nossa centenária República.
Se a República de há cem anos traiu as mulheres ao não cumprir a promessa do sufrágio universal - não lhes concedeu o voto, como era desejado e reivindicado - e eliminou-as dos compêndios de história, Fina d'Armada devolve-nos, nesta obra, uma memória fundamental. Justamente, para que o silêncio de ontem não se sobreponha a uma imensidão de rostos e vozes que hoje se fazem sentir. (...)
Por isso mesmo, o centenário da República é um momento chave para se repor alguma justiça histórica, ou seja, é um momento de privilégio para devolvermos as mulheres ao seu lugar por direito na história de Portugal, em particular nestes cem anos de República. Em boa hora a autora decidiu oferecer-nos recortes esquecidos da nossa história para que não prossigamos o nosso caminho apenas com metade da visão sobre o mundo."
Elza Pais (Secretária de Estado da Igualdade, In Prefácio)

"Eu queria ver - e por que não? - Queria ver a mulher legislando… Eu queria ver a mulher - e por que não? - na magistratura… Eu queria ver a mulher francamente na medicina - e por que não? Eu queria ver em tudo a mulher ao lado do homem..."
Emília Santos Silva ( Republicana do Porto, Fevereiro de 1910)

Em Outubro do ano passado Fina d'Armada foi homenageada pela Civitas Braga - Associação para a Defesa e Promoção dos Direitos dos Cidadãos



Momento em que a Civitas, pela mão de Manuela Granja, entrega a Fina d'Armada, uma peça de cerâmica com a imagem da Republicana Ana de Castro Osório, gentilmente oferecida à Civitas pela Fundação Castro Aves e fabricada na Escola Oficina de Cerâmica desta Fundação.









RECORDAÇÕES!

No dia de aniversário de minha Mãe - Rita Machado Sá Marques

Minha Mãe nasceu no dia 18 de Fevereiro de 1888, em Lisboa, na Rua Conselheiro Nazareth, actualmente denominada Rua Leão de Oliveira, ao Calvário, num prédio, hoje inexistente, que estava situado cerca do Convento das Flamengas.



Com minha irmã Elzira, em Lisboa no dia 14 de Fevereiro de 1955


Com a Sofia, a sua primeira neta, em Abril de 1941, na casa de Idanha-Belas



Com a filha Manuela e os netos Miguel e Rita, no Campo Grande, no dia 30 de Abril de 1967


Meus Pais com seus oito filhos na Cruz Quebrada, em 1927



Em Mantelães - 1918 - com os quatro filhos mais velhos







Em 1901, em Famalicão com a Avó - Baronesa de Joane - e os Pais




quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011




Um postal e uma carta de Bernardino Machado para Victor Ribeiro

Da "Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira" - vol. XXV



Postal de Bernardino Machado para Victor Ribeiro

1ª fila -Miguel, Maria, Joaquina, Rita. António
2ª fila - Domingos, Manuela, Avó Elzira, Avô Bernardino, Bernardino
3ª fila - Joana, Jerónima, Bento, Elzira, Inácio

A recem-nascida (27 de Out.) era a Sofia






Carta de Bernardino Machado para Victor Ribeiro

Victor Ribeiro publicou na Revista "O Instituto" o seu trabalho sobre a "História da Beneficência Publica em Portugal", nos volumes XLVIII (1901) a LIV (1907). Neste último ano sai o livro, editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra. Durante estes anos Bernardino Machado presidiu ao Instituto de Coimbra.