domingo, 18 de agosto de 2019





Governo de Bernardino Machado (1921)
De 2 de Março a 23 de Maio de 1921 (82 dias).

25.º governo republicano. 11.º governo pós-sidonista.

Presidente acumula o interior.
Na justiça, Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso (reconstituinte).
Nas finanças, António Maria da Silva (democrático ortodoxo).
Na guerra, Álvaro de Castro (reconstituinte, vindo do anterior gabinete).
Na marinha, Fernando Brederode (popular);
Nos negócios estrangeiros, Domingos Pereira (democrático dissidente);
No comércio, António Joaquim Ferreira da Fonseca (reconstituinte, vindo do anterior gabinete).
Na instrução pública, Júlio Martins (popular, vindo do anterior gabinete);
No trabalho, José Domingues dos Santos (democrático ortodoxo, vindo do anterior gabinete).
Na agricultura, o democrático Albano Augusto de Portugal Durão (de 4 de Maio a 19 de Maio). Bernardino Machado interino de 2 de Março a 4 de Maio e de 19 de Maio a 23 de Maio.

Março de 1921
Convidados Tomé de Barros Queirós e Augusto Soares para formarem governo em 16 e 18 de Fevereiro, acabam por desistir. Barros Queirós reconhece expressamente a pulverização dos partidos. Bernardino é convidado no dia 25 de Fevereiro.
Constituído o governo no dia 2 de Março. Seis dos sete ministros conservam as mesmas pastas. Três democráticos, três reconstituintes e dois populares.
Apresentação parlamentar em 7 de Março. Oposição de liberais.
General Pedroso Lima comandante da GNR proclama, em 11 de Março, a Bernardino Machado: na Guarda Republicana não há políticos nem se apoiam políticos.
Em 16 de Março, fundado o PCP, a partir da Federação Maximalista Portuguesa de Manuel Ribeiro.
Em 19 de Março Liberato Pinto é suspenso. Autorizara o capitão Jaime Baptista, das metralhadoras pesadas, a que saísse para exercícios e não submetera o assunto ao comandante da GNR, o general Pedroso Lima. General Correia Barreto é nomeado sindicante.
Em 22 de Março começa a viagem aérea Lisboa/ Funchal de Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Utilizado o sextante pela primeira vez.
Liberato Pinto é demitido de chefe de estado maior da GNR em 30 de Março.
Senado vota favoravelmente a amnistia proposta anteriormente por Jacinto Nunes.

Abril de 1921
Em 9 de Abril, tumulação na Batalha de dois soldados desconhecidos (um da Flandres e outro de África). Participam bispos, bem como o marechal Joffre. Ambiente de grande emoção patriótico e discursos conciliadores do presidente da república e dos eclesiásticos.
Greve dos manipuladores de pão em 9 de Abril. Lançadas bombas.
Congresso dos sindicatos patronais agrícolas manifesta-se contra a importação de trigo, em 30 de Abril. Intervenção de José Pequito Rebelo.

Maio de 1921
Em 4 de maio assume a pasta da agricultura, até então gerida interinamente por Bernardino Machado, o democrático Portugal Durão. Pouco permanecerá nessas funções, dado que em 16 de maio o seu colega das finanças, António Maria da Silva apresentava uma proposta de reorganização do ministério da agricultura, sem que o seu novo titular tivesse sido ouvido atempadamente.
Em 4 de Maio é renovada a autorização de 7 de Agosto de 1920 para o poder executivo poder estabelecer ou suprimir qualquer liberdade de comércio ou de trânsito de géneros de primeira necessidade.
Em 19 de maio, Durão saía do governo e Bernardino Machado voltava à interinidade de uma pasta, onde praticou uma política de liberdade de comércio, ao contrário do modelo intervencionista do anterior gabinete. Conforme vai reconhecer Bernardino, no manifesto de 26 de Março de 1922, economicamente, propusemos-nos organizar a produção pelo auxílio aos seus sindicatos, o consumo pelo desenvolvimento cooperativista e o comércio pela transformação do regime coercitivo de guerra no regime normal dos mercados entregues à acção dirigente das associações das forças vivas, sob o controle superior do Estado, e, transitoriamente, enquanto não fosse dispensável, com a sua concorrência desinteressada.
Lei do horário de trabalho das 8 horas, em 8 de maio. Proposta de Vasco Borges.
Exonerado o major Marreiros, director da Polícia de Segurança do Estado, em 17 de Maio.
Em 21 de Maio, houve uma sublevação da GNR de sectores afectos a Liberato Pinto, mas o governo, principalmente através da acção de Júlio Martins, organizou um contra-golpe vitorioso que teve o apoio da marinha. O major Marreiros, chefe da polícia política, informara o major Gilberto Mota, da GNR, que estava preparado um movimento destinado a elevar Bernardino Machado a presidente, com Álvaro de Castro a chefiar o governo.
O governo pede a demissão. Augusto Soares é convidado a formar governo, mas acaba por recusar.

































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