Francisco Cunha Leal - Recordações - I
Para Maria Helena Cunha Leal, com saudações afectuosas!
Quando da apresentação do livro "Bernardino Machado - Uma vida de luta", de Maria Alice Samara, em cerimónia realizada na Biblioteca da Assembleia da República, tive o agradável ensejo de saudar dois familiares de Francisco Cunha Leal, sua filha Maria Helena e a neta Margarida. Lembrámos neste encontro os nossos antepassados; Maria Helena Cunha Leal não esquece que foi Bernardino Machado o primeiro homem a oferecer-lhe uma flor, tinha então 10 anos de idade e acompanhava seu pai no exílio na Galiza; eu recordei ter ido, na minha juventude, no agitado período pós-guerra, à sede da Ordem dos Engenheiros ouvir a palavra empolgante do Engenheiro Cunha Leal, uma figura de prestígio entre os jovens.
Há dias, ambos já nonagenários, enviei flores a Maria Helena Cunha Leal, modernamente pela Internet...Transcrevemos duma carta, escrita por Bernardino Machado e datada 3 de Outubro de 1932, os seguintes períodos:
"É sempre para mim um grande prazer
admirar os seus talentos, ainda quando discordemos de ideias, e até mesmo por
isso, porque me é extremamente agradável esclarecer-me pela discussão. Foi o
que aconteceu agora na sua última publicação, cuja amável oferta deveras
agradeço. Falando ou escrevendo, a sua bela palavra batalhadora chama-nos ao
terreno dos princípios, donde oxalá nunca se tivesse saído. Nada mais excelente
e necessário do que a sua vibrante propaganda. As suas próprias opiniões sobre
a obra da República despertarão naturalmente o espírito para que se faça
inteira justiça ao alto valor cívico que ela teve, por mais que os embates
insofridos das emulações partidárias a prejudicassem a ponto de a suspenderem."
3 comentários:
Beijo.
Saudades.
PL
Beijo.
Saudades.
PL
Um Verdadeiro "nonagenário" adepto das novas tecnologias.
Um abraço de amizade,
Carlos Maciel
Enviar um comentário