Bernardino Machado e os monárquicos
"Muitos monárquicos não sabem o que devem ao eminente democrata."
Hoje em conversa com o Dr. Ricon Peres, recordámos o livro de Hermano Neves - "Como triunfou a República". Voltei a ler o que está escrito sobre Bernardino Machado nas páginas 50 e 52, que transcrevo.
Hermano Neves
Em 25 de Abril de 1908 realizaram-se as exéquias oficiais mandadas celebrar pelo governo de Ferreira do Amaral - fotografia retirada da Ilustração Portuguesa. nº 115 de 4 de Maio de 1908
1 comentário:
"Eu, que sou um homem de paz, para quem a vida humana é sagrada, eu, que sou mesmo um conservador, se assim o entenderem, porque não encaro nunca sem apreensões o prospecto duma convulsão social, eu, que, envolvido pelo meu dever cívico na última luta, tratei sempre de a moderar e sempre e por todos os modos procurei evitar o derramamento de sangue, envidando todos os esforços, por fim já desesperados, para que a insurreição popular não fosse só dum punhado de homens, mas da grande massa da nação, para poder ser imperativa, irresistível e portanto humana, eu julgo-me no direito - que não tem os responsáveis que a provocaram e atearam! - de dizer bem alto a todos que a tragédia de 1 de Fevereiro me enluta o coração e me mete horror, porque, se ela demonstrou a heoicidade que há na alma do povo português, demonstrou também que há portugueses que se não querem, que se dilaceram e digladiam de morte. Ai! É profundamente triste! E eu não creio nada nas acalmações produzidas pelo terror, ou ele venha de cima ou de baixo." (Bernardino Machado, In A Concentração Monárquica, p. 5)
"A paz, entre homens livres, só pode estabelecer-se e arreigar-se pelo amor." (5)
Um abraço de fraternal amizade
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