Residências de Bernardino Machado em Lisboa
Bernardino Machado residiu, de 1888 a 1895, na Rua da Junqueira, no r/c do Palácio de Angeja; durante este período foi Deputado, Par do Reino, Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria no ministério do Partido Regenerador, presidido por Hintze Ribeiro, e Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa.
Anteriormente, após a sua eleição para deputado, quando veio viver para Lisboa (1882), instalou-se primeiro na Rua do Tesouro Velho (a actual Rua António Maria Cardoso), depois na Rua do Quelhas, e em seguida na Rua do Conselheiro Nazaré (hoje, Rua Leão Oliveira, ao Calvário).
Palácio do Marquês de Angeja
"Cronologia:
1755 - edificação neste local, por D. Pedro António de Noronha e Albuquerque, 1º marquês de Angeja e 2º conde de Vila Verde (1661 - 1731), de um palácio cuja parte posterior assentava sobre os restos do forte de São João ou da Estrela, os quais lhe foram cedidos pela Casa Real, tendo em consideração o estado de completa ruína em que o terramoto deixou o palácio deste titular no centro da cidade; 1758 - o rei D. José I recolhe-se no palácio, ferido, vítima de um atentado, quando regressava à residência real da Ajuda; 1768 - casamento do 4º marquês de Angeja, D. José Xavier de Noronha Camões de Albuquerque de Sousa Moniz, com a filha dos marqueses do Lavradio, D. Teresa Francisca de Almeida, acabando por ser a família da esposa a edificar a capela do palácio; Séc. 19, 1ª metade - venda do palácio pelos marqueses de Angeja; reside na parte principal do palácio o escritor João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, Visconde de Almeida Garrett (1799 - 1854); Séc. 19, 2ª metade - habita o palácio D. Henrique Reed, bispo de Trajanópolis, com 2 irmãos, Séc. 19, último quartel - é subtraída à propriedade a área do actual Lg. do Marquês de Angeja, que era até então pátio do palácio; 1909 - habita na ala. O D. José Inácio de Castel-Branco, o qual efectua obras responsáveis pelo desaparecimento dos últios vestígios do forte de São João ou da Estrela; 1910 - instalação de uma escola primária em parte do piso térreo; 1912 - a propriedade é pertença de Manuel Joaquim Alves Diniz, encontrando-se o palácio já convertido em prédio de rendimento, no qual residiram algumas personalidades ilustres como o comendador Manuel Pereira, o Par do Reino Mendonça Cortês, o Dr. Bernardino Machado e o visconde de São Luís, Eduardo Pinto de Soveral; 1913 - demolição da última guarita sobrevivente do primitivo forte de São João ou da Estrela; 1968 / 1969 - são proprietários do edifício Manuel Luís Alves Diniz e António José Alves Diniz; 1974 - falecimento do último capelão que oficiava na capela, ficando a mesma sem culto desde esta data; 1991, 28 Junho - despacho de abertura do processo de classificação.
Tipologia
Arquitectura civil residencial, barroca. Palácio urbano. (TeresaVale, CarlosGomes, João Marques,RicardoPorfírio,LobodeCarvalhoeTeresaFerreira, in: http://www.monumentos.pt/Monumentos/forms/002_B1.aspx )"
"Cronologia:
1755 - edificação neste local, por D. Pedro António de Noronha e Albuquerque, 1º marquês de Angeja e 2º conde de Vila Verde (1661 - 1731), de um palácio cuja parte posterior assentava sobre os restos do forte de São João ou da Estrela, os quais lhe foram cedidos pela Casa Real, tendo em consideração o estado de completa ruína em que o terramoto deixou o palácio deste titular no centro da cidade; 1758 - o rei D. José I recolhe-se no palácio, ferido, vítima de um atentado, quando regressava à residência real da Ajuda; 1768 - casamento do 4º marquês de Angeja, D. José Xavier de Noronha Camões de Albuquerque de Sousa Moniz, com a filha dos marqueses do Lavradio, D. Teresa Francisca de Almeida, acabando por ser a família da esposa a edificar a capela do palácio; Séc. 19, 1ª metade - venda do palácio pelos marqueses de Angeja; reside na parte principal do palácio o escritor João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, Visconde de Almeida Garrett (1799 - 1854); Séc. 19, 2ª metade - habita o palácio D. Henrique Reed, bispo de Trajanópolis, com 2 irmãos, Séc. 19, último quartel - é subtraída à propriedade a área do actual Lg. do Marquês de Angeja, que era até então pátio do palácio; 1909 - habita na ala. O D. José Inácio de Castel-Branco, o qual efectua obras responsáveis pelo desaparecimento dos últios vestígios do forte de São João ou da Estrela; 1910 - instalação de uma escola primária em parte do piso térreo; 1912 - a propriedade é pertença de Manuel Joaquim Alves Diniz, encontrando-se o palácio já convertido em prédio de rendimento, no qual residiram algumas personalidades ilustres como o comendador Manuel Pereira, o Par do Reino Mendonça Cortês, o Dr. Bernardino Machado e o visconde de São Luís, Eduardo Pinto de Soveral; 1913 - demolição da última guarita sobrevivente do primitivo forte de São João ou da Estrela; 1968 / 1969 - são proprietários do edifício Manuel Luís Alves Diniz e António José Alves Diniz; 1974 - falecimento do último capelão que oficiava na capela, ficando a mesma sem culto desde esta data; 1991, 28 Junho - despacho de abertura do processo de classificação.
Tipologia
Arquitectura civil residencial, barroca. Palácio urbano. (TeresaVale, CarlosGomes, João Marques,RicardoPorfírio,LobodeCarvalhoeTeresaFerreira, in: http://www.monumentos.pt/Monumentos/forms/002_B1.aspx )"
Do Boletim Cultural de Vila Nova de Famalicão, reproduzo uma carta de Bernardino Machado para sua mulher Elzira Dantas Machado, de 23 de Maio de 1889, onde relata a sua chegada a Lisboa, à Rua da Junqueira.
Para ler o texto, clicar por duas vezes sobre a imagem.
Meu tio António no seu livro "Bernardino Machado - Memórias", refere na página 77, as suas recordações do tempo em que viveu na Rua da Junqueira:
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