A Ditadura de João Franco
"...a 12 de Dezembro, são dissolvidas as câmaras municipais e as juntas gerais...E a 23 de Dezembro é publicada a reforma da Câmara dos Pares, que é o mandato de despejo àqueles que D. Carlos entende o incomodam nessa Câmara, que se tornaria, de facto, verdadeiramente apenas do rei. É certo que, a 24, veio outro decreto, convocando os colégios eleitorais para 5 de Abril de 1908. Mas era, evidentemente, uma poção de dormideiras para monárquicos agitados, que reclamavam ainda o regresso imediato à Constituição. O monarca dissera claramente: - A ditadura há-de durar; é preciso que dure, no interesse do país... Assim, no dia 1 de Janeiro, os chefes e quase todos os marechais dos partidos não foram ao Paço, à recepção de gala. Não faziam falta. o rei tinha os coronéis! Contava-se que dissera:- Foram menos cães a lamber-me a mão." (Lopes de Oliveira - História da República Portuguesa)
No dia 9 de Janeiro de 1908, Bernardino Machado é entrevistado pelo redactor do Século, Vieira Correia:
No dia 21 de Janeiro de 1908 "partiu D. Carlos para Vila Viçosa. Nesse dia foram presos e postos em rigorosíssima incomunicalidade os jornalistas França Borges e João Chagas e os comerciantes Victor de Sousa e Alfredo Leal. No dia 26 foi a vez de António José de Almeida. De nenhum se conseguiu saber o destino: haviam desaparecido!" (Lopes de Oliveira - História da República Portuguesa)
No dia 25 de Janeiro de 1908 o Directório do Partido Republicano Português esclarece o país com a seguinte nota, redigida por Bernardino Machado:
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