sábado, 11 de maio de 2019











Rogério Fernandes e a Seara Nova











A presença de Rogério Fernandes

Nº 1715 - Primavera 2011
Publicado em Memória por: Margarida Felgueiras (autor)

Em Outubro de 2010, a Universidade de Lisboa e a Universidade Lusófona decidiram prestar homenagem ao emérito Professor, investigador, homem de cultura e cidadão pleno que foi Rogério Fernandes. Outras homenagens se realizaram, nomeadamente, em Famalicão, Castelo Branco e no Maranhão, por ocasião do VIII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Amigos, colegas, companheiros de diferentes épocas e lutas procuram lembrar e dar a conhecer o trabalho e o significado da acção de Rogério Fernandes. Ao homenageá-lo, porém, é todo este colectivo que se sente honrado pela sua presença, pela inscrição da sua vida em causas públicas, como a da educação, que também nós abraçamos e procuramos actualizar. Falar de Rogério Fernandes é pois falar do melhor de nós mesmos, enquanto colectivo.
Evocar a sua vida é uma tarefa de enorme responsabilidade, pelo seu carácter multifacetado e pela riqueza com que a foi construindo. Expressão disso é podermos lembrá-lo hoje tanto como resistente que lutou pela liberdade, como pela sua acção política durante a Ditadura e em Democracia, como director da Seara Nova e homem de letras, como membro do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, ou como jornalista, historiador e professor. Em todas estas actividades e lutas deixou a sua marca mas, como ele próprio me confessou, quando foi distinguido com a Grã Cruz da Ordem da Instrução, se alguma condecoração achava que hipoteticamente lhe pudesse ser atribuída, a que lhe daria mais prazer, mais do que a Ordem da Liberdade, era sem dúvida a que recebeu - a da Instrução. A causa que lhe era mais cara desde a sua juventude e pela qual sempre se bateu, ao longo da vida.
Mas como falar de uma pessoa com as qualidades e dignidade de Rogério Fernandes sem diminuir a sua imagem? Sabia-o avesso a homenagens, pois afirmava, as palavras dos amigos seriam aos olhos de terceiros sempre suspeitas, pois deles naturalmente se espera que digam bem. Como falar então do professor e amigo, que antes de conhecermos já respeitávamos intelectualmente? Se a afirmação tem um fundo de verdade ela não tem em conta que o discurso da amizade1, se possui uma referência pessoal e íntima não é intimista. Refere-se a um mundo comum partilhado com outros ou com uma comunidade, tecido com acções e palavras. E nesse sentido é um discurso racional, que se nutre de emoções e se apresenta sob a forma de uma experiência existencial. Assim atrevemo-nos a contrariá-lo e a falar da dimensão política de uma amizade tecida no trabalho de orientação e investigação, na partilha de preocupações académicas, de pontos de vista e de traços comuns.
Partilhamos com o Prof. Rogério Fernandes o entendimento que homenagear um intelectual, um historiador, é antes de tudo lembrar a sua obra. Recordar, não para celebrar o saudosismo mas, pelo contrário, afirmar que a palavra final nunca está dita, mas que ficaram algumas palavras que vale a pena serem continuadas. Esse é o atributo de uma obra clássica, nas palavras de Ítalo Calvino: "um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer"2. Por isso a importância de revisitar Rogério Fernandes.
Da Pessoa
Do trabalho conjunto de cerca de 16 anos como orientador, consultor, coordenador de projectos, organização de livros e encontros e de escrita de artigos, permanecem vivas as suas qualidades pessoais onde prevalecia uma oralidade expressiva, por vezes provocadora, acompanhado por um fino e acutilante sentido de humor. Na sua expressão havia um quê da tradição oral, do contador de histórias que captava e encantava o interlocutor. A sua bonomia e generosidade e o seu jeito de nos provocar brincando tornavam as suas posições mais sedutoras e desbloqueadoras de monolitismos conceptuais ou de divergências organizacionais.
Dele podemos dizer que não se deixou definir pelos lugares e filiações que manteve, actuando sempre com grande independência de pensamento, sem se intimidar por qualquer tipo de autoridade. A crítica metódica a que submetia a realidade levava-o a expressar as suas ideias sem no entanto se fechar à argumentação dos que de si discordavam. Pelo contrário, gostava de interagir com a opinião dos outros, de apreciar a consistência dos argumentos, de partilhar informações. Tendo vivido num tempo em que a propaganda procurava submeter o discurso histórico, procurou o rigor, a prova, a demonstração tanto na investigação como noutros contextos da sua intervenção. Em todos os campos está presente a sua preocupação com a sociedade em que viveu, o compromisso entre o agir - pensado e o conhecer para um agir informado.
Da Vida
Desde os tempos da juventude que Rogério Fernandes se encontrou activamente comprometido numa militância de esquerda: entre 1951-1955, então aluno da Faculdade de Letras, foi eleito para a pró-associação académica. A Batalha Socialista pela Democratização do Ensino (II Congresso Republicano de Aveiro, 1962) marca a sua incursão no território da educação. Foi preso em 1960. Entre 1970-1974 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo convivido com Rui Grácio, Alberto Ferreira e Salvado Sampaio.
Ingressou no jornalismo cultural através da revista Seara Nova (1962-1967), de que foi Director, e no jornalismo noticioso no jornal diário A Capital (1967-1970), de que foi Chefe de Redacção e onde coordenou a Secção de Educação. Foi colaborador em revistas tais como a VérticeColóquio, Educação e Sociedade - 1.ª Série; assessor literário da Editora Livros do Brasil e Secretário da Direcção do Grémio de Editores e Livreiros. Entre 1960 e 1974 teve uma intensa actividade como crítico, ensaísta, tradutor, jornalista e investigador. Ainda assim encontra tempo para fazer poesia, que publica no estrangeiro e escrever o conto Três tiros e uma mortalha.
Entre 1972 e 1974 foi professor em instituições privadas como o Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa e o Instituto de Psicologia Aplicada de Lisboa e bolseiro do Departamento de Pedagogia do Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1970-1974.
Ingressou no Partido Comunista Português após o 25 de Abril, tendo sido seu representante no Conselho Nacional de Educação entre 1988-1990 e vice-presidente do Conselho Nacional de Alfabetização e de Educação de Base de Adultos, no âmbito da Assembleia da República. Entre 1974-1976 exerceu o cargo de Director Geral do Ensino Básico a convite do Ministro do 2.º Governo Provisório, Vitorino Magalhães Godinho. Foi exonerado do cargo pelo Ministro da Educação, Sottomayor Cardia, por motivos políticos, tendo-lhe sido atribuído o cargo de Inspector Geral da Junta Nacional de Educação e mais tarde da Inspecção Geral de Ensino, sem funções atribuídas no quadro das competências desses organismos, o que configurou uma situação de "saneamento político"E foi nesta situação que aceitou o convite da Faculdade de Ciências para leccionar História e Filosofia da Educação, regressando à Universidade, que abandonara por sua iniciativa em 1960, então 2.º Assistente na Faculdade de Letras. Será nesta conjuntura que escreve e defende a sua tese de doutoramento: Os Caminhos do ABC: Sociedade Portuguesa e ensino de primeiras letras, tendo sido nomeado como prof. auxiliar convidado da Faculdade de Ciências em 1990. Em 1994 concorre a Prof Associado da FPCE - UL, onde veio a ser Prof. Catedrático.
Foi membro do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa e Presidente do Instituto Irene Lisboa. Fez parte de comissões editoriais das revistas Inovação, O Professor, Revista Brasileira de História da Educação, entre outras.
Manteve com a Fundação Gulbenkian uma regular colaboração, tendo coordenado equipas que se deslocaram a Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique, 1994.A convite do Instituto Nacional de Administração participou como docente no "Projecto Macau", 1996. Foi ainda Prof. Convidado em várias universidades brasileiras. Jubilou-se em 2003.
Do Professor Orientador
Atrevo-me a falar da orientação, pois fui sua orientanda, quando se discute tanto os métodos de trabalho pedagógico a nível universitário, para dar um testemunho desse labor, tão fundamental para a qualidade da vida universitária quanto invisível.
Para o Prof. Rogério orientar era uma atitude de escuta atenta, calma, que se traduzia em incitamento, disponibilização de informações, indicações pertinentes. Era ainda uma programação meticulosa do trabalho, um acompanhamento calendarizado, a leitura paciente dos escritos hesitantes. Estas conversas eram também preenchidas com questionamentos insistentes, provocatórios, a exigirem posicionamento e não meros acordos de circunstância. Penso que inicialmente testava a minha argumentação e capacidade de prova, de modo a que passasse da intuição convicta à demonstração paciente e mais segura. Gostava de debater ideias, discutir os resultados da investigação no contraponto com a teoria e considerava ser urgente estabelecer essa prática entre nós, como condição de um verdadeiro espírito científico e para a constituição de comunidades científicas. Era também e sempre a atenção, o carinho pela pessoa da orientanda, a compreensão das suas circunstâncias e a palavra amiga de uma sabedoria de vida como saber ancestral, culturalmente referenciada aos anciãos. Era sempre com afabilidade que acolhia todas e todos que o procuravam, orientando no acesso a arquivos e bibliotecas ou organizando actividades de pesquisa conjunta.
Aceitou ser consultor do projecto sobre o Instituto do Professorado Primário - IPPOP, de que fui autora e investigadora principal3, logo a seguir como meu orientador e em simultaneo Coordenador Científico de outro projecto da minha autoria, "Para um Museu Vivo da Escola Primária", para o qual trabalhámos entusiasticamente durante 4 anos. Com todos estes trabalhos se desenvolveu uma grande cumplicidade de perspectivas e actuação, que sedimentou uma sólida amizade, que muito me honra.
Do Historiador
Rogério Fernandes, na esteira de grandes intelectuais portugueses que o precederam, publica uma parte significativa das suas obras à margem da Universidade, no compromisso entre o agir e a necessidade de reflectir a acção de modo informado, a que acrescia, no Portugal de Abril, "o esforço de recuperação do património cultural português". O estudo "do passado da educação nacional, assim como do pensamento e da acção daqueles que a modelaram" era para ele "um aspecto substantivo do regresso do País aos caminhos da Democracia, do progresso social e da independência", e portanto da afirmação da nossa própria identidade.
De opositor à Ditadura, a jornalista, homem de letras e historiador que sempre foi, Rogério Fernandes deixou-nos uma extensa obra historiográfica que espelha, de certo modo, estas múltiplas facetas da sua vida e que em parte se pode observar na magnífica exposição que esteve patente na Reitoria da Universidade de Lisboa4.
Mas ler Rogério Fernandes é também descobrir novos, inesperados e conhecidos temas, que podem ser formativos, "no sentido que podem dar forma a experiências futuras"5, estabelecendo termos de comparação, escalas de valor, rigor e beleza na escrita. São textos que "deixam semente", no sentido que nos podemos esquecer deles mas que ficam escondidos no nosso inconsciente individual ou colectivo. E quando são relidos mais se revelam novos. Refiro-me em particular à forma como abordou o lugar da História da Educação em "História da Educação, História das Mentalidades, História da Cultura"( 1988). Aí deparamos com a presença de Luís de Albuquerque, de Joel Serrão, seus mestres e também clássicos da historiografia portuguesa. Mas o que surpreende na sua re-leitura é a actualidade das propostas: a história da educação não pode ficar isolada e acantonada na formação de professores, ela faz parte da História, de uma história social e cultural de qualquer formação societária. A par do debate epistemológico defendia ser necessário "o incremento das investigações noutros domínios historiográficos onde problemas análogos aos nossos se levantam"6. Aí, já apontava para a preservação do variado património escolar existente nas escolas de que apresentava uma visão mais amplas, não resumível a fontes manuscritas. Por isso pensa na necessidade de se criarem equipas interdisciplinares, "em que o historiador da educação, os historiadores da ciência e os próprios pedagogos cooperassem", o que raramente é fácil. Mas seriam estes estudos, que advogava, que permitiriam ao historiador da educação ir além das referências gerais a contextos, que não domina ou para os quais não tem havido investigação. E esse tipo de trabalho foi por ele iniciado, com as limitações que ele mesmo assinala, enquanto professor no Departamento de Educação da Faculdade de Ciências, da Universidade de Lisboa, em relação ao ensino da Matemática. Como condição para esse encontro interdisciplinar fecundo, produtor de interfaces e para o rebater do isolamento disciplinar, coloca "a delimitação rigorosa do campo da história da educação" e a assunção da especificidade das nossas pesquisas. Posicionamento este que vai sendo mais elaborado ao desenhar uma "História das inovações educativas (1875-1936)"7, onde o projecto interdisciplinar está presente no próprio enquadramento teórico das pesquisas. Salienta que,
"Em cada momento inovador o que está em jogo não é apenas o "pedagógico" senão que também o projecto social e educativo que o sustenta e nele se acha mais ou menos oculto."8
E novamente emerge a sua preocupação com o explicar das permanências nas práticas educativas, da "insuficiente adesão a princípios e práticas pedagógicas"9 inovadores de muitos milhares de trabalhadores do ensino no passado ainda recente.
Com uma obra historiográfica muitíssimo vasta e multifacetada, será inútil a empresa de mostrar como cada texto tem elementos que nos provocam a pensar, a contraditar, a persistir na investigação. O conjunto de textos dispersos que coligi com uma colega do Brasil em Rogério Fernandes: questionar a Sociedade, interrogar a História, (re)pensar a Educação10, dá uma perspectiva dessa produção, mas não a esgota: porque é uma parte apenas e porque ele continuou a escrever depois disso. Estou certa que a sua obra persistirá nos nossos trabalhos e questionamentos "como rumor" sempre presente, "mesmo onde predomina a actualidade mais incompatível". Com essa convicção, tentarei apenas testemunhar como a leitura e o ter trabalhado com Rogério Fernandes de alguma forma foram formativos da minha experiência de historiadora da educação.
Da sua produção destaco algumas das obras que considero emblemáticas de diferentes períodos da sua vida e que testemunham também a evolução dos seus pontos de vista:
Os caminhos do ABC. Sociedade Portuguesa e Ensino das Primeiras Letras, de grande rigor e fecundo em dados e ensinamentos, também metodológicos. Formado no rigor da prova e da demonstração, não se lança na especulação de sentidos que não se evidenciem dos testemunhos. Isto é particularmente evidente nesta obra e os anexos dão a ideia do volume e riqueza das fontes compulsadas. Incidindo sobre o ensino elementar régio abarca também a rede e as modalidades de ensino privado, em que mais uma vez foi pioneiro. Procurou confrontar o pensamento pedagógico com as práticas educacionais e a organização da aprendizagem, realmente implantadas na sociedade portuguesa. Vai descobrindo para nós a vida da infância, do currículo, assinalando as importações que se realizaram da cultura extra - escolar para a cultura escolar, o papel desempenhado pelo livro e pelo mercado livreiro na estruturação das práticas educativas. Os mecanismos de administração do ensino assim como o das finanças da educação são aspectos também abordados. Constitui-se pois como uma referência obrigatória a quem quiser trabalhar o ensino elementar.
Tendo como pressuposto que a natureza estruturante da realidade da experiência social conforma e limita o olhar sobre ela, adopta uma atitude fundamentalmente empírica, que o leva a uma descrição fundamentada do real (passado ou presente), a partir do qual procura teorizar, socorrendo-se e problematizando as abordagens teóricas para a explicação da realidade em análise. É a partir das fontes e da sua crítica que interpela a História da Educação, e não através da subordinação dos factos à teoria. Percorreu o tempo longo da elaboração do pensamento pedagógico entrecruzado com o tempo curto das conjunturas que os actores viveram. Obras como As Ideias Pedagógicas de Adolfo Coelho (1973), O pensamento pedagógico em Portugal (1978), A pedagogia portuguesa contemporânea (1979), Bernardino Machado e os problemas da Instrução Pública (1985), Bernardino Machado. O Homem, o Cientista, o Politico e o Pedagogo (2001), dão conta dessa preocupação com a estruturação de um pensamento em Portugal sobre a educação. Ensaio sobre a obra de Trindade Coelho (1961), João de Barros - Educador Republicano (1971), Cartas de António Sérgio a Álvaro Pinto (1972), O Despertar do Associativismo Docente em Portugal (1989) são exemplos do rigor da demonstração, assente na prova e baseada na análise detalhada dos testemunhos. Em Rogério Fernandes a teoria confronta-se com a realidade ou elabora-se a partir dela; não se lhe impõe, não a distorce nem a aprisiona.
Das suas últimas preocupações saliento a vontade em organizar equipas de trabalho, promover a investigação e os contactos a nível internacional, de que a Rede SPICAE é mais um exemplo. Destaco desta fase final a organização das seguintes obras: Para a compreensão histórica da infância, com Alberto Lopes e Luciano Mendes de Faria Filho (2006), Infantia et Puericia, com Luís Vidigal (2006), O Tempo na Escola, com Ana Chrystina Venâncio Mignhot (2008).
Enquanto coordenador científico do projecto "Para um Museu Vivo da Escola primária" acompanhou de perto todo o desenvolvimento do trabalho da equipa. Rigoroso no uso do tempo, criador de relações afáveis facilitadoras do trabalho e do empenhamento de todos foi para ele um tempo de trabalho entusiástico e atrevo-me a dizer feliz. Nesse contexto também produziu reflexão sobre os museus pedagógicos e a cultura escolar. Em "A cultura de escola: entre as coisas e as memórias" recolhe e analisa depoimentos, reflecte sobre o interesse dos objectos e também sobre as pessoas professores/as e estudantes, no que designou ser a escola "um arquivo de alegrias e dores"11
Dele retenho a atenção com que nos ouvia, o rigor com que analisava tudo, o espírito de síntese. O mesmo rigor com que nos orientava, a mesma liberdade que sempre nos proporcionou. Apesar do sacrifício que lhe exigia gostava de ir ao Porto, do grupo, do trabalho, do nosso entusiasmo e, porque não dizê-lo - da comida, dos almoços no "Rogério do Redondo", no Porto. De todos esses encontros partilhámos o gosto pelos livros e pela leitura, a frequência da biblioteca pública na juventude, quando os livros eram para nós inacessíveis; as leituras de Camilo e de Eça que fizemos; as vivencias diferenciadas no meio citadino e no meio rural. O desejo que acalentava de ainda ter tempo para escrever uma sobra sobre Camilo!...
Quando fui surpreendida com a doação que a família me fez da sua biblioteca pessoal logo pensei que não a poderia deixar no circuito fechado do meu mundo familiar. Por isso estou em condições de dizer que ela será disponibilizada ao público na Universidade do Porto e esperamos que ela possa ser motivo e motivadora de vários estudos e projectos. Tudo faremos para que isso aconteça.

mani
Manuel
1 ARENDT, Hannah - Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, pp.30-31.2 Calvino, Ítalo, Por que ler os clássicos. São Paulo:Companhia das Letras, 2007, p. 11
3 Era coordenador científico José Alberto Correia e foi financiado pela JNICT.
4 Exposição da responsabilidade da Universidade Lusófona, coordenada por Rosa Serradas.
5 Calvino, Ítalo, op. cit. , p.10.
6 FERNANDES, Rogério - "História da Educação, História das Mentalidades, História da Cultura". In 1.º Encontro de História da Educação em Portugal. "Comunicações". Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian/Serviço de Educação, 1988, p. 269.
7 FERNANDES, Rogério - "História das inovações educativas (1875-1936)". In NÓVOA; A., RUIZ BERRIO, J. - A História da Educação em Espanha e Portugal. Investigações e Actividades. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, 1993.
8 Ibidem, p. 157.
9 Ibidem, p. 158.
10 Felgueiras, Margarida Louro; Menezes, Maria Cristina - Rogério Fernandes: questionar a Sociedade, interrogar a História, (re)pensar a Educação. Porto: Afrontamento/FPCE, 2004.
11 FELGUEIRAS, Margarida Louro (org.) - Inventariando a escola nos arquivos escolares de Gondomar. Gondomar : Câmara Municipal de Gondomar, 2008, p.27.

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