Na Galiza - 1935 - da esq. para a dir. - Minha tia Elzira, meu Avô, meu primo Aquilino e sua mãe (minha tia Jerónima) e o António |
Meu primo António Barros Machado - 2
Da Brochura que faz parte da homenagem aos professores universitários demitidos pelo Estado Novo
E que tem o título:A DEPURAÇÃO POLÍTICA DO CORPO DOCENTE DASUNIVERSIDADES PORTUGUESASDURANTE O ESTADO NOVO(1933-1974)
Capitulo III
Notas Biográficas dos Investigadores e Docentes alvo de Depuração Política das Universidades Portuguesas pelo Estado Novo
António Barros Machado (1912-2002)
Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade do Porto foi nomeado, em 1934, assistente extraordinário de Zoologia. Nesse ano é-lhe rescindido o contrato, juntamente com outros assistentes da Faculdade de Ciências (ver Cap. II), por terem subscrito um documento de critica às condições do ensino. Vai trabalhar, então, para o Museo Nacional de Ciencias Naturalles, em Madrid. A Guerra Civil interrompe-lhe o curso de doutoramento na Universidad de Madrid, regressando ao Porto em 1936. Estagia depois no Museum d’ Histoire Naturelle de Paris. Antigo assistente e admirador de Ruy Luís Gomes, neto de Bernardino Machado, apoiante da resistência democrática ao regime, nunca voltará a ser admitido nas Universidades portuguesas devido à informação negativa da policia política, não obstante o seu curriculum e altas classificações. Opta pelo ensino secundário particular e depois parte para Angola, onde dirige o Laboratório de Investigação Biológica do Dundo até 1973. Em 1978, já com a Democracia, torna-se presidente da Sociedade Portuguesa de Etnologia e, em 1990, recebe o doutoramento Honoris Causa pelo Instituto Biomédico Abel Salazar da Universidade do Porto, à qual ficou ligado como professor catedrático Jubilado.
Do portal da Fundação Mário Soares
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