O Doutor Adamo Gomes Caetano, da Universidade de Coimbra, teve a gentileza de me alertar para as Memórias de Belisário Pimenta, que se encontram digitalizadas na Hemeroteca da Biblioteca da Universidade de Coimbra.
Já num anterior blogue - clicar aqui - dei relevo à figura de Belisário Pimenta.
Com um apertado abraço de gratidão para o Doutor Adamo Caetano, transcrevo as páginas das Memórias para que me chamou a atenção:
Dados biográficos sobre Aníbal Soares, retirados da Hemeroteca da Hemeroteca da Câmara Municipal de Lisboa:
Aníbal Soares e a imprensa
monárquica: - Aníbal de Andrade Soares (Lisboa, 1882-1925) foi advogado,
ficcionista promissor mas raro (Pela Terra, 1901; Ambrósio das Mercês, 1903),
político (deputado em 1907 pela bancada franquista, eleito novamente à Câmara dos
Deputados no período sidonista) e, sobretudo, jornalista de vasto talento com
carreira longa na imprensa monárquica. Iniciou-se no jornalismo como
colaborador d’A Província, do Porto, em 1901, vindo no ano seguinte a colaborar
também no número único d’A Folia (Coimbra, 1902). Em 1906 encetou uma bem
sucedida colaboração com Álvaro Pinheiro Chagas, vindo a ser, nesse e no ano
seguinte, redactor-principal e, depois, director-político d’O Jornal da Noite,
que aquele dirigira. Ainda em finais de 1906, e até 1910, tornou-se
redactor-principal do Diário Ilustrado, sob a direcção do mesmo Pinheiro
Chagas. Colaborou em 1907-1908 no Diário Nacional, do Porto. Em 1910-1911,
dirigido ainda por Álvaro Pinheiro Chagas, foi sucessivamente
redactor-principal, chefe de redacção e redactor-em-chefe do Correio da Manhã,
jornal de que foi mesmo co-proprietário8 . E foi nesta tribuna que teve o
embate decisivo com o regime republicano, recém implantado e em fase de
afirmação, contra o qual sempre lutara: o Correio da Manhã foi assaltado e
destruído a 8 de Janeiro de 1911, levando ao exílio os seus responsáveis —
Aníbal Soares rumou a Espanha, fixando-se depois em França. Aqui publicou a
Crónica do Exílio. A partir de Abril de 1914, dando sequência ao título
anterior, publicou cinco números de uma Crónica Política, estranhamente editada
no Porto, uma vez que é dado como a residir na Bélgica aquando da deflagração
da 1ª Guerra Mundial. Nesse ano colaborou ainda com o Diário da Manhã. A
invasão de Bruxelas pelas tropas alemãs levou-o a procurar refúgio na Holanda,
donde regressou a Portugal em 1915, para dirigir O Nacional. No ano seguinte
passou a sub-director do Diário Nacional, órgão periódico da Causa Monárquica
dirigido por Aires de Ornelas, onde se manteve até 1919. Finalmente, em 1921,
tornou-se director do Correio da Manhã, jornal oficioso da mesma Causa, função
que desempenhou até à morte, em 19259 .
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