segunda-feira, 25 de maio de 2015













 
 
 

Governo João Chagas/José de Castro - 1915

 
 








Notas retiradas  do portal  -  POLITIPEDIS  -  de José Adelino Maltez

 

Governo de João Chagas / José de Castro (1915)


José_de_Castro

De 15 de Maio a 29 de novembro de 1915 (199 dias - Cerca de seis meses e meio).
Durante o mandato de Manuel de Arriaga (até 19 de junho) , 35  dias. No de Teófilo Braga, 164 dias.
9º governo republicano.
Ministérios nomeados por Manuel de Arriaga durante o período revolucionário e por Teófilo Braga.
Promove as eleições de 13 de junho de 1915 (103 democráticos, 22 evolucionistas, 6 unionistas, 1 católico).
  • Manuel Arriaga demite-se logo em 29 de maio. É substituído por Teófilo Braga, até à tomada  de posse de Bernardino Machado (5 de outubro);
  • João Chagas na presidência e no interior, logo substituído interinamente nos dois cargos por José de Castro, devido ao atentado. Chagas só será formalmente exonerado em 29 de maio. José de Castro será também ministro interino da guerra, de 17 de maio a 19 de junho  e da instrução pública de 15 a 17 de maio e de 14 a 19 de junho;
  • Paulo José Falcão na justiça, até 19 de junho;
  • Tomé José de Barros Queirós nas finanças, até 19 de junho;
  • Basílio Teles na guerra; não toma posse e será exonerado logo em 17 de maio, sendo as funções assumidas interinamente por José de Castro, até 19 de junho;
  • Francisco José Fernandes Costa na marinha, até 17 de maio;
  • Augusto Manuel Alves da Veiga nos estrangeiros; não toma posse, sendo substituído em 17 de maio por Francisco Teixeira de Queirós, até 19 de junho;
  • Sebastião de Magalhães Lima no fomento, até 17 de maio, data em que é substituído por Manuel Joaquim Rodrigues Monteiro (até 19 de junho) e na instrução, de 17 de maio a 14 de junho;
  • José Jorge Pereira nas colónias, até 19 de junho.
Em 17 de maio de 1915:
João Chagas é substituído na presidência e no Interior por José de Castro. O novo presidente do ministério passava também a acumular as pastas da guerra (substituía Basílio Teles) e da marinha (substituía Fernandes Costa);
Augusto Manuel Alves da Veiga era substituído nos estrangeiros por Francisco Teixeira de Queirós. A primeira e única experiência governativa deste escritor;
Manuel Joaquim Rodrigues Monteiro substitui Sebastião de Magalhães Lima no fomento. Bacharel em direito,  arqueólogo e etnógrafo, historiador da arte românica em Portugal e governador civil de Braga depois de 1910. Tinha sido ministro da justiça do governo de Bernardino Machado, de 9 de fevereiro a 23 de junho de 1914;
Sebastião de Magalhães Lima substitui José de Castro na instrução.
Em 19 de junho de 1915:
José de Castro assume a efetividade da presidência. Continua na guerra e na marinha até 22 de julho.
José Augusto Ferreira da Silva, independente, no interior (até 11 de novembro). Era a primeira e única experiência governativa. De 11 a 29 de novembro, João Catanho de Meneses, interinamente.
João Catanho de Meneses, independente, na justiça, até 29 de novembro. Voltará a ser ministro da justiça nos governos de Afonso Costa de 29 de novembro de 1915 a 15 de março de 1916; António Maria da Silva, de 6 de fevereiro a 7 de dezembro de 1922; Rodrigues Gaspar, de 6 de julho a 22 de novembro de 1924; António Maria da Silva, entre 17 de dezembro de 1925 e 30 de maio de 1926[12].
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães, democrático, até 29 de novembro. Oficial de administração militar. Foi membro da Jovem Turquia. Professor na Escola Militar e no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Deputado às constituintes. Será chefe dos serviços administrativos da 2ª divisão do CEP; será ministro das finanças de Cunha Leal (de 16 de dezembro de 1921 a 6 de fevereiro de 1922) e António Maria da Silva (de 14 de setembro a 13 de agosto de 1923), bem como presidente do ministério e ministro das finanças de 15 de fevereiro a 1 de julho de 1925.
Augusto Luís Vieira Soares, democrático, nos estrangeiros, até 29 de novembro. Tentou um empréstimo não conseguido de 2 milhões de libras. Não conseguiu que os britânicos consentissem na intervenção portuguesa na guerra. Foi ministro dos estrangeiros com Vitór Hugo de Azevedo Coutinho de 12 de dezembro de 1914 a 24 de janeiro de 1915. Ocupará a mesma pasta nos três governos seguintes, até ao sidonismo: de Afonso Costa, de 29 de novembro de 1915 a 15 de março de 1916; de António José de Almeida, de 16 de março de 1916 a 25 de abril de 1917; de Afonso Costa, de 25 de abril a 10 de dezembro de 1917.
Manuel Joaquim Rodrigues Monteiro, democrático, mantém-se no fomento até 29 de novembro.
José Mendes Ribeiro Norton de Matos, democrático, nas colónias até 22 de julho. Será depois ministro da guerra do mesmo governo desde essa data a 29 de novembro de 1915; voltará à pasta da guerra no governo de Afonso Costa de 29 de novembro de 1915 a 15 de março de 1916; no ministério da União Sagrada, presidido por António José de Almeida, de 16 de março de 1916 a 25 de abril de 1917; e no governo de Afonso Costa, de 25 de abril a 10 de dezembro de 1917.
João Lopes da Silva Martins Júnior, democrático, nas instrução até 29 de novembro.
Em 22 de julho de 1915:
Norton de Matos na guerra, em lugar de José de Castro.
Alfredo Rodrigues Gaspar nas colónias, em lugar de Norton de Matos. Tinha sido ministro das colónias de Azevedo Coutinho (de 12 de dezembro de 1914 a 25 de janeiro de 1915). Voltará à mesma pasta nos governos de Afonso Costa (de 29 de novembro de 1915 a 15 de março de 1916); de Sá Cardoso (de 30 de junho de 1919 a 3 de janeiro de 1920); e de António Maria da Silva (de 7 de fevereiro de 1922 a 15 de novembro de 1923). Será presidente do ministério, acumulando o interior, de 6 de julho a 22 de novembro de 1924.



 

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