Advogado, jornalista, cronista e historiador. Poucas pessoas reúnem interesses tão amplos e um número ainda menor é capaz de desempenhar esses diferentes papéis com a mesma desenvoltura e talento do campineiro Pelágio Álvares Lobo. Neto do maestro Elias Lobo e filho do advogado e político Antônio Álvares Lobo, Pelágio nasceu em 1º de fevereiro de 1888 e, com apenas 22 anos, formou-se advogado pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Fez os primeiros estudos em sua cidade natal, para onde retornou após o curso superior, a fim de iniciar uma carreira na qual imprensa e Direito sempre caminharam lado a lado.
De saída, assumiu a direção do jornal Cidade de Campinas e permaneceu à frente da publicação até 1915, quando estreou como redator da Revista do Centro de Ciências, Letras e Artes. Paralelamente, passou a advogar junto ao pai.
O mesmo desprendimento marcou a trajetória corporativa do advogado. Inscrito na Ordem desde sua criação, em 1932, ocupou o cargo de segundo-secretário entre 1935 e 1946. Em seguida, assumiu como primeiro-secretário durante várias gestões, até que, em 1951, já com a saúde fragilizada, elegeu-se vice-presidente do Tribunal de Ética Profissional.
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