domingo, 1 de março de 2015





Passos Manuel
Gravura de Francisco António
da Silva Oeirense
PASSOS MANUEL
"Foi a Revolução de Setembro que deu ao Porto a sua Academia Politécnica e a sua Escola Médica. Foi o movimento liberal da regeneração que o doutou com o seu Instituto Industrial e Comercial. E foi o Código Administrativo descentralizador de 1878 que lhe proporcionou os meios para construir a sua Escola Normal. Agora é a República que ergue nesta cidade, em meio de uma florescência de fundações e melhoramentos escolares, o seu primeiro edifício para liceu. Tanto é certo que só as instituições liberais são fecundas. E só elas, que vivem do desenvolvimento da razão pública, servem fielmente a causa da educação nacional. Como o absolutismo, a monarquia constitucional caiu não só pelo progresso social da nação, mas também pela falência das classes dirigentes. Urgia, pois prepará-las de novo. Por isso, o grande Passos Manuel criou liceus onde elas fossem receber a educação geral do seu tempo, e tem agora a República de tomar a peito, com o maior empenho, o fortalecimento do nosso ensino secundário, que tanto precisa ainda de reforma salutares, a começar pela sua sólida ampliação às nossas classes médias, núcleo poderoso da sociedade portuguesa, que só pela instrução pode ser valorizado como merece. Confio, meus senhores, em que a glorificante recordação histórica que venho hoje aqui evocar, lançando a primeira pedra desta construção liceal, orientará para sempre progressivamente o espírito patriótico dos seus professores e alunos." - Bernardino Machado  - Na cerimónia do lançamento da primeira pedra para o edifício do Liceu de Alexandre Herculano, no Porto, em 31 de Janeiro de 1916 - Texto dactilografado - Museu Bernardino Machado -  Obras II - Pedagogia Tomo 3
 
 
 
Com um apertado abraço para o António Valdemar - Da Academia das Ciências de Lisboa e Ex-Presidente da Academia Nacional de Belas Artes

Passos Manuel e o Panteão

Fui alertado pelo jornal "O Mirante" sobre a situação atual em que se encontra o processo de trasladar os restos mortais de Passos Manuel para o Panteão da Igreja de Santa Engrácia !

A Academia Nacional de Belas Artes deve  retomar a proposta apresentada em 2011 e que foi rejeitada "por falta de verba"...










                    
"O Panteão Nacional de Portugal está instalado em Lisboa, na Igreja de Santa Engrácia, e em Coimbra, na Igreja de Santa Cruz.
Criado por Decreto de 26 de setembro de 1836, o Panteão Nacional destina-se a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade
.                      

                                         
A decisão de "panteonizar" ilustres figuras portuguesas não é recente. Em 1836, o então ministro Passos Manuel decreta a edificação de um Panteão Nacional mas sem local ainda escolhido. O objetivo na época seria dignificar os heróis que se sacrificaram na Revolução de 1820 e reerguer a memória coletiva para grandes homens entretanto caídos no esquecimento, como Luís de Camões. Para a memória coletiva dos portugueses, no entanto, o Mosteiro dos Jerónimos, o Mosteiro da Batalha ou mesmo São Vicente de Fora (com os sepultamentos de muitos dos Bragança e dos cardeais-patriarcas de Lisboa) permaneceram durante muito tempo como os verdadeiros panteões portugueses do que aquele que viria a ser definido oficialmente mais tarde."  -  Da Wikipédia



Legislação:









 

Atividade Parlamentar e Processo Legislativo
Comissão de Educação, Ciência e Cultura
 
Audição Parlamentar Nº 16-CECC-XII

Assunto: Solicitam ao abrigo das disposições legais e institucionais, a tumulização, no Panteão Nacional de Santa Engrácia de Passos Manuel

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