sábado, 8 de novembro de 2014













Encontros de Outono ajudam a construir a históriavoltar lista
07-11-2014
Académicos, investigadores e diversos especialistas nacionais vão reunir-se nos dias 28 e 29 de novembro na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão para ajudar a construir e a compreender a história de Portugal em mais uma edição dos Encontros de Outono, uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal através do Museu Bernardino Machado. O tema é o “Colonialismo, Guerra Colonial e Descolonização – dos fins do século XIX ao último quartel do século XX” e entre os principais conferencistas destaca-se o historiador Fernando Rosas, o Coronel Aniceto Afonso e o General Pezarat Correia. Os dois últimos abordarão os temas na primeira pessoa, tendo em conta que ambos viveram bem de perto episódios deste período da história nacional.
Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, “a história é uma permanente descoberta de novos factos e novos acontecimentos”. E acrescenta: “com a realização destes Encontros de Outono estamos a promover o debate e o conhecimento da nossa história”.
Com a chancela do Museu Bernardino Machado, o evento promove, valoriza e divulga também o legado histórico e científico de Bernardino Machado, que na sua obra “O Acto Colonial da Ditadura”, de 1930, afirmava que “o problema colonial consiste, como todo o problema social, numa questão de liberdade. A nacionalização das colónias só se faz pela sua íntima cooperação com a metrópole, e não é para ditaduras”. Bernardino Machado foi uma figura marcante da 1.a República e apesar de ter vivido nos séculos XIX e XX, o seu pensamento mantém-se atual.
Os Encontros de Outono arrancam no dia 28, pelas 9h30, com a abertura a cargo do presidente da Câmara Municipal e do coordenador científico do Museu, Norberto Cunha. Segue-se a primeira intervenção a cargo do professor catedrático de História na Academia Militar, António José Telo, que irá abordar “Economia e Império Africano (do último quartel do séc. XIX ao limiar da I República”.
No primeiro dia, os trabalhos ficarão marcados pelo debate dos seguintes temas: “A Questão Colonial no Século XIX”; “Doutrina e Ação: o lugar das colónias e da antropologia na I República”; “A Questão colonial no Parlamento da Primeira República”; “O Estado Novo e a Questão Colonial”; “A Questão Colonial na Política Externa do Estado Novo” e “Constitucionalismo e Império: A Cidadania no Ultramar Português”.
No segundo dia do evento debate-se “Angola, os brancos e a independência durante o Estado Novo”; “A Guerra Colonial (1961-1974) e “O processo da descolonização portuguesa (1974-1975).

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