domingo, 29 de dezembro de 2013



Recordar  Maçons Republicanos  

Ferreira Manso


Ferreira Manso presidiu a choça "Sentinela dos Bosques"  da Carbonária Portuguesa. Portuguesa

















Maria Clara Correia Alves




Em 26 de Março de 1911 Maria Clara Correia Alves (1869/1948) integra o núcleo de oradores da sessão do Grémio Lusitano, em honra do Governo Provisório da República e da promulgação da Lei do Registo Civil obrigatório, tendo abordado o "papel da mulher na família, agradecendo ao sr. dr. Afonso Costa tudo quanto tem feito a favor do seu sexo". A sessão foi presidida por Magalhães Lima, Grão-Mestre da Maçonaria. - (João Esteves)










sábado, 28 de dezembro de 2013




Da correspondência de Roberto Queirós para Bernardino Machado  -  IV


 

 

 

 




















sexta-feira, 27 de dezembro de 2013




Recordar Roberto Queirós  -  III


 

 

 

"Relatório confidencial remetido apenas a Afonso Costa, mas representando um complemento do que foi dirigido a este conjuntamente com José Domingues dos Santos, relatando acontecimentos decorridos em 1936 e 1937; atitudes dos comunistas Amaral e Duarte em Madrid e suas ligações com os Budas (falsos comunistas); encontro com Amaral em casa de Bernardino Machado, em Madrid; conversa com Bernardino Machado acerca dos comunistas; conversas com Ribeiro de Carvalho e Aragão; partipação de Roberto Queirós em reunião na sede do SRI, em que também participaram António de Carvalho, o ex-cônsul em Ruão Ismael Anahory, o comunista Reis, Aragão, Rbeiro de Carvalho, Jamie de Morais, Jaime Cortesão, Meneses, Silvas e Godinho; proposta de Jaime de Morais para aceitação da revolução espanhola; divergências com os comunistas em Madrid e desinteresse causado em Ribeiro de Carvalho e Aragão na organização de uma frente revolucionária; acontecimentos passados em Madrid envolvendo Alexandre e Nunes e expulsão deste último de Madrid; questão da sublevação de dois barcos no Tejo e envolvimento nela de comunistas; comunistas Joaquim Godinho, Pinto Garcia e Luís Varela Ferro; descrição da acção de Roberto Queirós em Espanha; apoio recebido por D. Bernardo Giner de los Rios e do presidente do ministério espanhol L. Caballero; detalhes da viagem de Roberto Queirós a Portugal; comentários à posição de Domingos Pereira; impressões de Roberto Queirós sobre a UCRAL, o Comité dos Sargentos de Terra e Mar, sobre Cortês dos Santos, e opiniões de vários sectores relativamente aos comunistas; plano de atentado defendido pela UCRAL; opinião de Roberto Queirós sobre Ribeiro de Carvalho.


Casa Comum - Fundação Mário Soares





quinta-feira, 26 de dezembro de 2013





Recordar Roberto Queirós  -  II   


Roberto Queirós teve uma grande actividade nas tentativas de formação duma Frente Popular Portuguesa, encontrando-se muita documentação nos espólios existentes na Fundação Mário Soares e no Museu Bernardino Machado.




Guerra Civil de Espanha 1936-1939


BERNARDINO MACHADO E AFONSO COSTA

 Documentos Bernardino Machado e Afonso Costa
O eclodir da Guerra Civil de Espanha constituiu uma preocupação acrescida para a oposição republicana no exílio. O apoio, ainda que não oficial, do governo de Salazar às forças de Franco, representava uma nova ameaça ao sonho do restabelecimento do regime democrático em Portugal.
A vitória da República em Espanha tinha causado regozijo no seio da oposição à ditadura, nomeadamente no campo republicano, que acalentou o projecto de receber apoio do governo espanhol para a organização revolucionária. Todavia, a divisão entre as diferentes facções políticas e ideológicas dos opositores à ditadura, quer no exílio, quer em Portugal, não permitiu o estabelecimento de uma união que pudesse alcançar a força necessária para qualquer movimento revolucionário bem sucedido.
Durante os primeiros meses da Guerra Civil de Espanha, os exilados republicanos em Paris, juntamente com Bernardino Machado, que se estabeleceu no Mónaco em Janeiro de 1937 (depois de uma breve estadia em Valência, para onde se tinha mudado em Setembro do ano anterior, abandonando Madrid, devido à instabilidade causada pelo início da guerra), concertaram novos esforços para relançar um movimento revolucionário, por um lado, tentando obter recursos financeiros e, por outro, tentando unir os diferentes agrupamentos políticos, para o que formaram, em Paris, um “Comité de Acção”, tendo em vista a criação da Frente Popular Portuguesa.
Neste contexto, entre 1936 e 1937, Afonso Costa e José Domingues dos Santos, com o apoio de Bernardino Machado, procuram obter um empréstimo do governo espanhol destinado a financiar a propaganda contra a ditadura e lançar um movimento revolucionário. O empréstimo, além de necessário em termos materiais, visava ainda incentivar à união muitos anti-fascistas que até então permaneciam duvidosos quanto ao sucesso de uma revolução. Paralelamente às negociações junto do embaixador do espanhol em Paris, Luís Araquistain, para a obtenção do referido empréstimo, as atenções concentraram-se no redobrar da campanha de propaganda contra a ditadura em Portugal e de apoio à Espanha republicana.
Em Janeiro de 1937, Bernardino Machado lançou o manifesto à nação "Pela independência e pela integridade de Portugal"(1), no qual além de analisar a situação da Ditadura em Portugal e as suas relações com o exército, deu particular atenção à conjuntura política suscitada pela Guerra Civil em Espanha, denunciando a solidariedade do governo de Salazar com os revoltosos liderados por Franco, colocando especial ênfase na questão do iberismo, ao afirmar que “a união da reacção que hoje governa em Portugal com a que pretende governar amanhã em Espanha é a ameaça do ressurgimento da União Ibérica”, e que “servir os inimigos da nova Espanha livre é servir os inimigos seculares do Portugal restaurado”. Bernardino Machado chamava ainda a atenção para o lugar de Portugal no quadro das restantes nações europeias, criticando as relações entre o governo português ditatorial e os governos da Alemanha e Itália, em detrimento da tradicional aliança com a Inglaterra, e reavivando a questão das ambições alemãs sobre as colónias portuguesas.
Em Paris, numa reunião convocada por Afonso Costa e Domingues dos Santos, à qual assistiram também os exilados Álvaro Poppe, Agatão Lança e Lago Cerqueira, entre outros, foi decidido mandar traduzir para espanhol o manifesto de Bernardino Machado e ainda encetar esforços para a sua ampla divulgação em Portugal, nos meios civis e militares (2). Por seu turno, Afonso e José Domingues dos Santos subscreveram o manifesto intitulado “Apelo a todos os liberais e anti-fascistas” (3), abrindo-o com a afirmação de que a situação portuguesa se tornara “trágica e perigosa no domínio internacional”, desde que o governo ditatorial tomara posição “ao lado dos rebeldes” na guerra de Espanha. Afonso Costa e Domingues dos Santos corroboravam as afirmações contidas no manifesto de Bernardino Machado, e anunciaram a constituição do “Comité de Acção”, com o objectivo de incentivar à união de esforços para o restabelecimento das liberdades públicas, defesa da independência nacional e da integridade do domínio colonial.
Exemplares do manifesto de Bernardino Machado e do apelo do Comité de Acção foram confiados a Roberto Queirós que, enviado em missão a Portugal, foi incumbido de os fazer distribuir e ainda de estabelecer contactos com alguns dos principais representantes dos diversos grupos de oposição ao Estado Novo.
Todavia, o resultado destas diligências foi reduzido. A missão clandestina de Roberto Queirós a Portugal não deu os resultados esperados. Em relatório elaborado no início de Abril de 1937, e dirigido a Afonso Costa e Domingues dos Santos, Roberto Queirós deixou claro que era difícil obter o apoio de grande parte dos adversários da ditadura, afirmando ainda que constara que seria inviável qualquer projecto de revolução sem o apoio do Exército, algo que se afigurava difícil já que o único militar republicano que poderia congregar em torno de si os vários sectores do Exército era Ribeiro de Carvalho, e este não mostrava empenho em assumir a chefia militar de uma revolução (4).
O empréstimo solicitado ao governo espanhol deparou com a divergência de opiniões no seio dos membros do governo de Espanha, de que resultou a comunicação ao Comité de Acção, através do embaixador espanhol em Paris, da inviabilidade da operação. Por outro lado, a união das várias correntes políticas de oposição à Ditadura enfrentou resistências, que não permitiram a concretização do plano, no qual Afonso Costa e Domingues dos Santos tanto se tinham empenhado(5).
A morte de Afonso Costa, no princípio de Maio de 1937, deixou o projecto de união dos militantes anti-fascistas praticamente sem prossecução. Bernardino Machado e José Domingues dos Santos prosseguiram a sua actividade de propaganda contra a Ditadura de Portugal e em favor da república espanhola, embora sem grande impacto. Pouco depois, Bernardino Machado transferiu a sua residência do Mónaco para Paris, substituindo Afonso Costa no Comité ali formado.
No fim do Verão de 1937, Bernardino Machado dirigiu-se a Juan Negrin, Presidente da Assembleia da Sociedade das Nações, protestando contra a atitude da Ditadura de se aliar com os governos alemão e italiano no Comité de não intervenção na guerra civil de Espanha  e reafirmando o respeito pelo que consideram serem as instituições legais espanholas (6). Por ocasião do aniversário do 5 de Outubro, voltou a criticar a Ditadura e o seu apoio às forças de Franco em Espanha: “E como, enfeudada a ditadura aos imperalismos estrangeiros – já secunda em Espanha os representantes do velho imperalismo castelhano , «cuja vitória de todo o coração deseja» - nos defenderá dos pontentes tentáculos dos cobiçosos assaltos ao nosso património metropolitano e ultramarino?” (7). E, no início do ano seguinte, dirigindo-se a todos os defensores da democracia em Portugal, voltou a insistir no apelo ao derrube da Ditadura, em nome do Comité de Paris da Frente Popular Portuguesa (8).

(!) - 07218.128; Versão impressa do manifesto – doc. Cedido por Sá Marques (07034.152); outra impressão diferente – 07034.151
(2) - carta de AC p/ BM, 21-1-37 – 07219.134
(3) - de 25-1-1937, doc. 07219.047
(4) - Relatório de Roberto Queirós, 3-4-1937, doc. 07219.068.
(5) - Relatório relativo ao empréstimo solicitado ao governo espanhol e de balanço da actividade do Comité de Acção, 4-5-1937, doc. 07219.073
(6) - Manifesto “Mensagem à Sociedade das Nações” - doc. 07034.153
(7) - Manifesto de Bernardino Machado intitulado "O 5 de Outubro de 1937" – doc. 07034.149
(8) - Manifesto de Bernardino Machado intitulado "1 de Janeiro de 1938. Saudação à democracia portuguesa" – doc. 07034.148.


"Relatório de Roberto Queirós sobre a sua viagem a Portugal de 27.JAN.1937 a 30.MAR.1937, em serviço do Comité de Acção; encontro com Fernando de Castro, o qual se entendeu com Maurício Costa (pela Maçonaria), general Sá Cardoso, e com António Sérgio (Seara Nova); António Sérgio encarregado de falar com Caraça, pelo Partido Comunista e pela Frente Popular, e com os anarco-sindicalistas; conversa de Roberto Queirós com Cunha Leal e com o coronel Cunha e Almeida; contactos com os dirigentes da UCRAL e do Comité de Sargentos, adesão ao Apelo de Afonso Costa e José Domingues dos Santos; contactos, no Porto, com António Resende, Santos Silva, Veiga Pires e Azeredo Dantas; Azeredo Dantas, Pina de Morais e Crispiniano da Fonseca assinarem documento confirmando plenos poderes a José Domingues dos Santos; grupo socialista do Porto; contactos com Domingues Pereira e Daniel Rodrigues, membros do Directório do PRP, concordantes que Agatão Lança seja o representante do PRP junto do Comité de Acção; Manifesto de Bernardino Machado de cuja impressão no Norte se encarregou A. de Resende, e que em Lisboa a UCRAL mandou imprimir e distribuir; contactos com Helder Ribeiro e Duarte Leite, com Bento Roma, Filipe Mendes, Mário Mesquita, António de Carvalho, Sabido da Costa; informação dada por Alzira Costa de que os generais Vicente de Freitas e Morais Sarmento tinham solicitado a Carmona providências relativas ao emissário enviado por Afonso Costa; diligências de Roberto Queirós para sair clandestinamente de Portugal; perseguições de que foi alvo em Tânger e chegada a Marselha em 30.MAR.1937; conclusões de Roberto Queirós sobre a sua missão; dificuldade de fazer revolução com predomínio do elemento civil, só sendo viável com apoio do Exército; dificuldades de obter apoio da grande maioria dos adversários da ditadura; falta de empenho do coronel Ribeiro de Carvalho para assumir chefia militar de revolução; corrente inspirada pelo partido comunista"

 

 



quarta-feira, 25 de dezembro de 2013





 Beyris 1931- Bernardino Machado  com  Roberto Queirós,
que tem ao colo Aquilino Ribeiro Machado
Recordar Roberto Queirós - I
















Em 1933 Bernardino Machado estava exilado em La Guardia (A Guarda) e Roberto Queirós em Anvers.





 




segunda-feira, 23 de dezembro de 2013





Manuel Azaña
Correspondência trocada entre Bernardino Machado e Manuel Azaña em 1932













Biografia de Manuel Azaña retirada do portal do Instituto Cervantes

Manuel Azaña Díaz. (Alcalá de Henares, 10 de enero de 1880 – Montauban, Francia, 3 de septiembre de 1940). Escritor y político español.
Estudia en el Colegio Complutense, en el Instituto Cisneros y en los Agustinos de El Escorial; licenciado en Derecho por la Universidad de Zaragoza en 1897, se doctora en 1900. En 1909 ingresa como funcionario en la Dirección General de los Registros y del Notariado. Dos años después viaja a París con una beca de la Junta de Ampliación de Estudios, experiencia que queda reflejada en su primer libro, Estudios de política francesa contemporánea, la política militar (1919). Es secretario del Ateneo de Madrid entre 1913 y 1920 y presidente de esta institución en 1930.
Desde el punto de vista político, milita desde 1913 hasta 1923 en el Partido Reformista de Melquíades Álvarez, pero hasta 1925 no hace explícita su vocación republicana al crear la formación Acción Republicana, que agrupa al republicanismo ilustrado y burgués. Como representante de este partido, y tras caer la dictadura de Primo de Rivera en 1930, forma parte del Comité Revolucionario que contribuye a la instauración de la República el 14 de abril de 1931, en cuyo gobierno provisional ocupa la cartera de Guerra, primero, y la Presidencia, después. Las elecciones a Cortes Constituyentes en junio de 1931 le confirmaron como Jefe del Ejecutivo, puesto del que dimitiría en septiembre de 1933.
En abril de 1934, ya en la oposición, consigue la unidad de los partidos republicanos dando lugar a Izquierda Republicana, organización política de la que es elegido presidente. En octubre del mismo año es detenido bajo la falsa acusación de estar implicado en los sucesos revolucionarios de Asturias y Cataluña. Tras su liberación en enero de 1935, inicia una campaña política que da lugar a la creación del Frente Popular, coalición que obtiene la victoria en las elecciones de febrero de 1936. En mayo de aquel año es elegido Presidente de la República, cargo que ocupa durante todo el desarrollo de la Guerra Civil española. Dimite de ese cargo en febrero de 1939, se exilia a Francia y fallece en Montauban en 1940.
Relevante escritor y periodista, colabora en los diarios El Imparcial y El Sol y dirige las revistas La Pluma y España entre 1920 y 1924. Recibe el Premio Nacional de Literatura en 1926 por su obra Vida de Juan Valera. Autor de novelas como El jardín de los frailes (1927) y la inacabada Fresdeval, también realiza incursiones en el teatro con obras como La Corona (1930).
Es también un relevante traductor y un gran ensayista, recogiéndose su producción en este campo en los volúmenes Plumas y palabras (1930) y La invención del Quijote y otros ensayos (1934). Su obra La velada en Benicarló, compuesta por una serie de diálogos sobre la guerra de España, puede considerarse como la más importante reflexión acerca de la década de los años treinta en nuestro país. De igual modo dejó escritas unas memorias que constituyen un destacado reflejo de la Segunda República Española.







 










sábado, 21 de dezembro de 2013




O Centro Republicano Português Dr. Afonso Costa do Rio de Janeiro














Boletim publicado no Rio de Janeiro. Contém entrevista a Afonso Costa, publicada em "A Pátria"; carta de Bernardino Machado; artigos sobre Bernardino Machado, José Domingues dos Santos; memórias de Norton de Matos; artigos diversos contra a Ditadura.














 











 





Da Casa Comum  -  Fundação Mário Soares








sexta-feira, 20 de dezembro de 2013




A Parada Agrícola e Industrial em Famalicão  -  1912