domingo, 30 de dezembro de 2012

sábado, 29 de dezembro de 2012

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

                                                                                             

                                                                  











Um recorte do "Jornal de Sintra" do dia 10 de Março de 1963, com texto do jornalista Luz Guilhermino.

Para leitura do texto clicar por duas vezes sobre a imagem



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012






Uma carta de Francisco Gomes da Siva para Bernardino Machado




 


















Biografia de Francisco Gomes da Silva, retirada do ALMANAQUE REPUBLICANO  -  clicar aqui, para  quem enviamos um cordial abraço, com votos dum Novo Ano  de Paz, Saúde e Fraternidade!

"Nasceu em 26 de Janeiro de 1853. Frequentou algumas disciplinas do liceu, tendo como um dos professores António Filipe da Silva (1841-?), e algumas do Curso Superior de Letras. Trabalhou como guarda-livros numa firma de Lisboa e depois ingressou, como funcionário da repartição da fazenda, na Câmara Municipal de Lisboa, quando esta era presidida por Fernando Palha. Exercia as funções de director geral do serviço de Fazenda Municipal quando a doença que sofria [diabetes], se foi agravando e conduziu à sua morte.
Faleceu a 30 Novembro de 1909, Francisco Gomes da Silva, na sua residência, Rua do Livramento, em Alcântara, nº 31.
Francisco Gomes da Silva pertenceu ao grupo dos fundadores do Partido Republicano, afecto à facção liderada por Elias Garcia. Começou cedo a colaborar no jornal Democracia, dirigido por Elias Garcia, aí assumiu o pseudónimo de Justus, assinando uma coluna parlamentar intitulada “Nas Galerias”. Gomes da Silva acompanhou a publicação do jornal Democracia até ao final em 1890.
No ano seguinte, dirigiu um jornal republicano de curta duração intitulado O Tempo. A partir de 1894, António Enes convidou-o para dirigir o jornal O Dia, tendo assegurado a sua direcção durante algum tempo. Com a morte de Cecílio de Sousa, Gomes da Silva assegurou a direcção da Folha do Povo. Colaborou ainda na Vanguarda.
Pertenceu à comissão da imprensa que preparou a comemoração do tricentenário de Camões (1880), enquanto membro do Centro Republicano Democrático.
Durante o Congresso Republicano, de Dezembro de 1887, passou a integrar a Câmara Consultiva do partido. Nessa ocasião, apoiou a proposta de unir o Partido Republicano à Esquerda Dinástica, dirigida de Barjona de Freitas, que foi apresentada por José Elias Garcia. Como a proposta de Elias Garcia foi derrotada e a personalidade em causa estava no ocaso da sua vida política, Gomes da Silva no congresso de Janeiro de 1891 lidera uma cisão no Partido Republicano. Com os acontecimentos desse ano (31 de Janeiro), alguns dirigentes republicanos são presos, outros exilados. Estes factos fizeram Francisco Gomes da Silva regressar à vida política activa. Preconizou uma aproximação ao Partido Progressista, conseguindo por isso a eleição para o Parlamento em 1894.
Na sequência do decreto de abstenção eleitoral dos republicanos a partir de 1895, envolveu-se numa grande polémica com Francisco Manuel Homem Cristo, que no jornal O Povo de Aveiro o acusava de manobras irregulares na Câmara Municipal de Lisboa. O processo avanço para tribunal e Gomes da Silva conseguiu a condenação do jornal republicano de Aveiro.
Foi jornalista e orador em vários comícios ao serviço do Partido Republicano. Segundo algumas notas biográficas o autor iniciou como orador num comício no antigo Teatro Price, Lisboa, onde discursou acerca da importância do registo civil. Ao longo da sua vida participou em vários comícios e conferências onde se afirmou como bom tribuno, conseguindo por isso afirmar-se rapidamente quando foi eleito como deputado ao parlamento, em 1894. Nessa ocasião, interpelou o Governo monárquico português por ter ordenado a expulsão de Nicolau Salmeron, do país.
Em 1896, volta a ser eleito deputado pelos círculos eleitorais de Lisboa, em representação das minorias.
Foi um dos participantes na conferência/banquete republicano de Badajoz, realizado em 23 e 24 de Junho de 1893,[ Ver Almanaque Republicano AQUI]
Integrou o Directório do partido juntamente com Eduardo de Abreu, Horácio Ferrari e Leão de Oliveira.
A partir de 1897, Francisco Gomes da Silva, no congresso realizado em Coimbra em começa a perder a influência que até aí dispunha no Partido Republicano. Não consegue a eleição para o Directório do partido e, em 1899, durante novo congresso, consegue ocupar uma posição como suplente do Directório.
A partir de 1906, a doença agrava-se e acaba por falecer “quase esquecido, quase sem honras de marechal do Partido Republicano”, como afirmou Feio Terenas no discurso que proferiu durante o seu funeral.
Publicou diversas obras, com destaque para Os Mistérios da Inquisição, inicialmente editado em fascículos no jornal Vanguarda e posteriormente compilado em obra única. Esta obra era muito apreciada pelos meio anticlericais e foi ilustrada com trabalhos de Manuel Macedo e Roque Gameiro.
Foi iniciado na Maçonaria, na loja lisboeta Cavaleiros de Hyram, em 1882, com o nome simbólico de Lamartine. No ano seguinte, transitou para a loja Cavaleiros da Paz e da Concórdia, também de Lisboa, onde atingiu em 1902, o grau 33, do REAA. Em 1904, torna-se membro efectivo do Supremo Conselho e exerce as funções de Grão-Mestre Adjunto (1900-1909). Entre 1906 e 1907, exerce as funções de Soberano Grande Comendador.
O seu funeral realizou-se, sendo o corpo depositado no jazigo da família de António José Moreira, no cemitério dos Prazeres. Usaram da palavra Feio Terenas, Sebastião de Magalhães Lima e Constâncio de Oliveira.

Conhecem-se ainda colaborações nos seguintes jornais:
- Pimpão, Lisboa, dir. Rafael Bordalo Pinheiro;
- António Maria, Lisboa, Dir. Rafael Bordalo Pinheiro;
- Domingo, Lisboa, dir. Manuel Pinheiro Chagas
- Revolução de Setembro, Lisboa, onde utilizou o pseudónimo Prudêncio
- Diário da Tarde, Porto [correspondente em Lisboa];
- Dez de Março, Porto [correspondente em Lisboa];
- Folha Nova, Porto [correspondente em Lisboa];
- José Estevão. Numero único comemorativo da inauguração do monumento em Aveiro. Publicação do Clube Escolar José Estêvão, Lisboa, Typ. da Companhia Nacional Editora, 1889;
- Correio da Manhã. Fundador Manuel Pinheiro Chagas. Suplemento ao n.º 3.283, de 8 de Maio de 1895, Typ. da Companhia Nacional Editora, Lisboa. 12 pag. ;
- Homenagem prestada a Theophilo Braga, Numero único, publicado pela Associação Escolar de Ensino Livre, Lisboa, 3 de Dezembro de 1899, Minerva Peninsular, 8 pag. Com o retrato do dr. Teófilo Braga.
- Maior (A) dôr humana, Coroa de saudades, oferecida a Teófilo Braga e sua esposa para a sepultura de seus filhos, Dada á estampa pela amizade de Anselmo de Moraes. 1889. Porto, Imp. Portuguesa, 172 pag.
- 14 de julho, 1789 1889 Numero único. Porto, Typ. Gutemberg, 1889, 4 pag.
- Consagração, Número único, dirigido por Fernão Botto Machado e Gonçalves Neves e dedicado ao Dr. Sebastião de Magalhães Lima, 28 pag. Com o retrato de Magalhães Lima e nas pag. 1, 12, e 17 trechos de musica litografados."








quarta-feira, 26 de dezembro de 2012



Uma carta de Columbano para Bernardino Machado


Para a Dra. Maria de Aires Silveira, com saudações afectuosas e de gratidão!


Museu Nacional de Arte Contemporânea (Museu do Chiado)


Para leitura da carta, clicar sobre a imagem por duas vezes.






"Explicações do Avô"  -  Francisco Romano Esteves   (Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães)


Francisco Romano Esteves foi Consevador do Museu Nacional de Arte Contemporânea, que conserva no seu acervo muitas obras doadas por este pintor.

Desenho de Columbano  -  "Cabeça de estudo" 1874  -  do espólio doado por Romano Esteves.









terça-feira, 25 de dezembro de 2012



Prendas de Natal!


Recebi  do  Dr. Jorge Forjaz dois magníficos presentes de Natal.
Um apertado e cordial abraço de gratidão!


O livro "Correspondência para o Dr. Eduardo Abreu  -  Do Ultimato à Assembleia Nacional Constituinte (1890-1911)"- Jorge Forjaz - 2002 - Ed. da Academia Portuguesa de História

A revista  "Atlântida" -  vol. LV .  2010, do Instituto Açoriano de Cultura,  com o trabalho de Jorge Forjaz "Os parentes brasileiros do Dr. Bernardino Machado (Por ocasião do centenário da República)"
















segunda-feira, 24 de dezembro de 2012





Bernardino Machado e os Republicanos Espanhois - Correspondência

Antonio Villar Ponte


Já nos temos referido a Antonio Villar Ponte noutros blogues  - clicar aqui.
















Bernardino Machado na Coruña, com Villar Ponte e Cebreiro  -  1927











 

Antonio Villar Ponte. Antonio Villar Ponte, en la actualidad más conocido como Antón Villar Ponte o Antón Vilar Ponte (Vivero (Lugo, España), 2 de octubre de 1881 - La Coruña, 4 de marzo de 1936) fue un escritor en gallego, periodista y político español. Fue uno de los principales líderes del galleguismo de preguerra.
Hijo de Ponancio Villar y Melchora Ponte. Estudió el bachillerato en el Instituto de Lugo y la carrera de Farmacia en la Universidad de Santiago de Compostela. Ejerció brevemente en Foz (Lugo), donde comenzaría sus colaboraciones periodísticas antes de marchar a Madrid para trabajar exclusivamente como periodista. Después marchó a Cuba, donde permanecería varios años dedicado al periodismo en La Habana y Camagüey, regresando a Galicia en 1916, donde comenzó a trabajar como redactor en La Voz de Galicia. Ese mismo año lidera la creación de las Irmandades da Fala, con la fundación de la primera Irmandade en La Coruña, encargándose de su órgano de expresión, el periódico A Nosa Terra. En 1929 toma parte, con Santiago Casares Quiroga, de la Organización Republicana Gallega Autónoma (ORGA), siendo el representante más destacado del sector galleguista del partido.
Tras la proclamación de la Segunda República, fue elegido en 1931 diputado por la ORGA en las Cortes Constituyentes. Sin embargo, en 1934, abandona la ORGA (entonces Partido Republicano Gallego, que poco después se integraría en Izquierda Republicana) y se integra en el Partido Galeguista, por el que saldría elegido diputado de nuevo en 1936, en las listas del Frente Popular. No llegó a tomar posesión del acta de diputado, ya que murió en marzo de una perforación gástrica.



Antón Vilar Ponte (Viveiro 1881 - Corunha 1936), foi um dos principais alentadores do galeguismo de pré-guerra. Jornalista, fez chegar seu ideário em vários jornais e revistas -A Nosa Terra, Nós, La Voz de Galicia, El Pueblo Gallego, El Noroeste, etc.
Muitas das suas propostas (inseridas no trabalho das primeiras Irmandades da Fala) foram posteriormente assumidas por símbolos do galeguismo como Daniel Castelao.
O trabalho e as reflexões de Vilar Ponte contextualizam-se num momento de desenvolvimento intelectual e estético em toda Europa, e que na Galiza coincidiu com o surgimento de duas posturas enfrentadas no seio do galeguismo. De uma banda, a corrente culturalista (de direitas, personificada por Vicente Risco, Otero Pedrayo e Florentino López Cuevillas) e, da outra, a mais ativista politicamente (de esquerdas, com Manuel Lugrís, Uxío Carré Aldao ou Víctor Casas).
De fato, Antón Vilar Ponte faria parte deste segundo grupo, com Johán Vicente Viqueira. Sua própria visão do nacionalismo galego inclui-o dentro desta corrente, pois defendia construir os sistemas políticos desde a racionalidade e desde o serviço às pessoas, já que considerava as pessoas de forma individual e não como ente abstrato (contrariamente do que defendiam os culturalistas).
Igualmente, prescindia das paixões e apelava à racionalidade. Estes razoamentos, a priori críticos com o nacionalismo galego, utilizou-os Vilar Ponte contra o nacionalismo espanhol:
¿Incondicionaes d'Hespaña? A incondicionalidade é escravitú. A incondicionalidade inda non se da no senso natural para que poida dárese no senso político. Condicional é o mais respetabre da vida: a relación entre pais e fillos, dentro da familia. ¿Cómo poden existir parvos que falen da santa incondicionalidade a un Estado, sempre cousa artificiosa e mudabre.
A respeito das origens da sua consciência política e da sua visão acerca da língua da Galiza fica este esclarecedor texto:
"E eu dígolles con todo respeto aos “tradicionalistas” da galeguidade actual en movimento, que cando valorizamos Galiza para facela xurdir política e culturalmente de seu, non ollamos a nada antergo –o que non quer dicir que non deba ollarse– senón á realidade “presente” con ollada virxe: vendo un país con lingua propia, viva na maoría dos seus moradores e afincada nun esteo indestrutíbel, o da lingua portuguesa, que lle dá ás nosas arelas unha forza maor que a dos máis pobos diferenciados da Penínsua e de Europa enteira; un país de unidade xeográfica, económica e moral, que só pode trocarse de territorio con habitantes, en pobo con ialma e cibdadanía, en pobo relevante e útil a sí mesmo e ó progreso humán, esculpíndose en sí mesmo para sí mesmo con cincel do próprio estilo.
O noso pulo naceu ollando o presente e o porvir. Xermolaría igoal de non termos historia nin precursores. Os que fitan agora atrás fan ben; nós non fitábamos cando ceibámolo berro primeiro do galeguismo conscente. Sin pasado histórico daríamolo o mesmo. Concebímolo pelegrinando por Portugal. Véndolle vivir a vida moderna na nosa fala."

E é que, segundo Vilar Ponte, os sistemas sociais constroem-se historicamente pela Humanidade, com o que aconteceria o mesmo com os conceitos nação e Estado: se os constroem os seres humanos, não são realidades eternas nem feitos que determinem ou devam determinar, em princípio, uma imposição moral para as pessoas. Este ponto de vista bate frontalmente com o tipo de discurso historicista que predominava nos nacionalismos do século XIX e de começos do século XX.

Obra:
A patria do labrego (1905).
Entre dous abismos (1920).
Almas mortas (1922).
O mariscal (1926), com Ramón Cabanillas.
Os evanxeos da risa absoluta (1935).
Noiturno de medo e morte (1935).
O sentimiento liberal na Galiza.
Os nosos valores.
Do cosmopolitismo.
Do universalismo e da mansedume galega.
Escolma de artigos nazonalistas (1936).

domingo, 23 de dezembro de 2012





Correspondência de Bernardino Machado com Republicanos Espanhois
Gerardo Abad Conde


































Notas biográficas sobre Gerardo Abad Conde retiradas do portal do Instituto Demer  -  clicar aqui  -




GERARDO ABAD CONDE

Nació el 8 de agosto de 1881 en Ordes (A Coruña), hijo del comandante del puesto de la Guardia Civil de ese lugar. Murió asesinado en Madrid el 10 de septiembre de 1936. De niño fue a Cuba, regresando en 1889. Se licencia en Derecho y ejerce la abogacía en A Coruña, desempeña la cátedra de Legislación Mercantil y Legislación Marítima en la Escuela de Comercio de A Coruña y en la de Vigo. Además fue director de la Escuela Náutica coruñesa.
Políticamente, perteneció primeramente al “Partido Republicano Autónomo” de Coruña, del que era secretario en 1908, y, en la segunda década del XX, se integra en el “Partido Republicano Radical” de Lerroux. A raíz de la huelga general de 1917 será encarcelado. Fue concejal de A Coruña en varias legislaturas, ocupando la alcaldía entre los años 1918-1919. Participará, en 1930, en el Pacto de Lestrove.
Con la llegada de la IIª República será nombrado subsecretario del Ministerio de Comunicaciones. En las elecciones a Cortes Constituyentes de 1931 se presenta por A Coruña, pero no resulta elegido; sin embargo, en la repetición de las elecciones en Lugo, unos meses después, saldrá diputado por esa provincia. En julio de 1933 es elegido vocal del Tribunal de Garantías Constitucionales y, a finales de ese año –luego de no salir elegido en las eleccións generales de 1933- es nombrado presidente del Consejo de Estado. Será también presidente del Patronato para la Incautación de los bienes de los Jesuitas. A principios de 1935, en uno de los gobiernos Lerroux, es ministro de Marina. En agosto de ese año fue nombrado catedrático de Filosofía del Derecho de la Universidad de La Laguna (Tenerife) pero renunció ante las presiones recibidas. En 1936 se presenta a las elecciones generales de febrero por el “Partido Radical” pero, de nuevo, no resulta elegido. Luego de la sublevación militar fascista contra la República, es detenido y enviado a la cárcel de Porlier, donde será asasinado por guardias de asalto y milicianos, a pesar de ser un preclaro republicano.
Fue iniciado en la logia “Hispano-Americana nº 379” de Madrid, con el nombre simbólico de Justicia, siendo exaltado al grado 2º el 22 de enero de 1920 y al 3º el 17 de julio de 1921. El 20 de febrero de 1925 consigue el grado 18º y, hacia 1930, el grado 33º. En la ciudad de A Coruña formó parte de la logia “Suevia nº 4”, e impulsó la fundación de las logias “Curros Enríquez” (A Coruña) y “Libredón” (Santiago). En 1928 fue representante de la “Gran Logia Regional del Noroeste de España”
 en la VIIª asamblea anual del “Gran Oriente Español”, celebrada en Gijón (Asturias) y en agosto de 1931, figura como suplente en la Comisión Permanente del “Gran Consejo Federal Simbólico del G.O.E.”. En 1933 trabajará en la logia “La Unión nº 9” de Madrid y en el Soberano Capítulo Rosa-Cruz “Esperanza nº 8”. En mayo de 1933 es vocal de la Junta reorganizadora de la “Liga de los Derechos del Hombre” y, al mes siguiente, solicita a las logias “Unión” y “Esperanza” la columna de retiro y plancha de quite, pasando a “sueño masónico”.

Dados biográficos retirados do portal "Memoria republicana"  -  clicar aqui 

Gerardo Abad Conde, republicano asesinado por los rebublicanos.
(Órdes, La Coruña, 8/8/1881- Madrid, 1936). De niño fue a Cuba, regresando en 1889. Abogado y catedrático de Legislación mercantil y Legislación Marítima en la Escuela de Comercio de La Coruña y en la de Vigo. Fue director de la Escuela Náutica de La Coruña. Fue miembro del Partido Republicano Autónomo (fue su secreatrio en 1908) y posteriormente del Partido Republicano Radical en Galicia (en los años veinte) y de la masonería (logia Suevia Nº4 de La Coruña). Fue concejal de La Coruña y luego alcalde de La Coruña (1918-1919).
Colaboró en la proclamación de la II República. Diputado por Lugo en las Cortes Constituyentes republicana y miembro de la diputación permanente del Congreso y miembro de la comisión parlamentaria que informó el Estatuto de Cataluña. Fue subsecretario de Comunicaciones y miembro del Tribunal de Garantías Constitucionales. Fue nombrado presidente del Consejo de Estado hasta 1935, en que ocupó el Ministerio de Marina (enero a abril de 1935) con Lerroux. Presidente del Patronato para la Incautación de Bienes a los Jesuitas.
En agosto de 1935 fue nombrado catedrático de Filosofía del Derecho en la Universidad de La Laguna (Tenerife), pero hubo de renunciar porque su nombramiento generó enfrentamientos. En febrero de 1936 se presentó a las elecciones por el Partido Radical pero no fue elegido.
Fue partidario de indultar a los condenados por el golpe de estado socialista y comunista contra el gobierno de la República en octubre de 1934, pese a lo cual fue asesinado por milicianos republicanos en Madrid el 10 de septiembre de 1936.
La muerte se produjo en la leñera (situada en los sótanos) de la carcel de Porlier (Madrid), que tenían los republicanos, siendo asesinado junto a Fernando Rey Mora (también del Partido Radical) y el religioso Leandro Arce. El autor del crimen era el miliciano republicano Nicolás Aragonés.

Imagen de su cadaver asesinado por el Frente Popular



sábado, 22 de dezembro de 2012











Prato – Bernardino Machado - Centenário da I República

Centenário da I República/Vila Nova de Famalicão
Autor: Fundação Castro Alves/Escola de Cerâmica
Desenho: Rita Branco
Artesã (pintura): Maria José Cardoso
Artesã (manufactura prato): Alexandrina Abreu
Peça numerada: 1/25
Dimensões: 30 cm diâmetro






sexta-feira, 21 de dezembro de 2012



Correspondência trocada entre Bernardino Machado e o Conde de Monsaraz


Do acervo da Fundação Mário Soares (Espólio da Família Machado Sá Marques) reproduzimos as cartas dirigidas a Bernardino Machado e as fotocópias das cartas enviadas ao Conde de Monsaraz (oferecidas por seu neto António Duarte Nuno de Azevedo de Monsaraz).


Conde de Monsaraz




Para leitura das cartas clicar por duas vezes sobe a imagem





 
















 









































































 
















 








Transcrevemos do portal de Reguengos  "Palavra" -  clicar aqui  -  as seguintes notas biográficas sobre António de Macedo Papança (Conde de Monsaraz):


"Filho de Joaquim Romão Mendes Papança e de D. Maria Gregória de Évora Macedo, António de Macedo Papança nasceu em Reguengos de Monsaraz em 18 de Julho de 1852.
Passou a sua infância na Quinta das Vidigueiras e fez os estudos secundários na Escola Académica de Lisboa. Em 1869, com 17 anos, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra onde, em 1874, obteve o grau de Bacharelato.
Ingressou na vida política como militante do Partido Progressista liderado por Anselmo Braancamp, tendo sido eleito deputado pelo círculo de Évora em 1886. Tomou posse como Par do Reino, na Câmara Alta, em 17 de Março de 1898.
Casou em 1888 com D. Amélia Augusta Fernandes Coelho Simões, filha de Joaquim António Simões, grande proprietário e negociante da Figueira da Foz e, também, membro do Partido Progressista. Deste casamento nasceu, em 28 de Fevereiro de 1889, um único filho, Alberto de Monsaraz.
Foi concedido a António de Macedo Papança, em 17 de Janeiro de 1884, por Decreto de D. Luís, o título de Visconde de Monsaraz. D. Carlos, por Decreto de 3 de Janeiro de 1890, concedeu-lhe o título de Conde de Monsaraz.
Em 1906 foi agraciado com a Comenda da Ordem de S. Tiago de Espada e em 1907 com a Grã-Cruz da Ordem de Afonso XII, de Espanha.
Eleito Sócio Correspondente da Academia Real das Ciências no dia 8 de Abril de 1886, sob proposta assinada por Bulhão Pato, Pinheiro Chagas, Visconde de Benalcanfor e Vilhena Barbosa, Macedo Papança foi também Sócio do Instituto de Coimbra e da Sociedade de Geografia de Lisboa, para além de também ter sido eleito Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Letras, em 7 de Outubro de 1910, sob proposta assinada por Alcino Guanabara, Silva Ramos, Valentim de Magalhães, José do Patrocínio e Filinto de Almeida, tendo sucedido ao dramaturgo norueguês Henrik Ibsen como ocupante da Cadeira 13, cujo patrono foi o brasileiro Domingos Borges de Barros.
Entre 1905 e 1911 residiu em Coimbra para poder acompanhar os últimos estudos secundários e a formatura em Direito de seu filho Alberto.
Monárquico convicto, Macedo Papança exilou-se voluntariamente na Suiça e depois na França, após a proclamação da República em Portugal, tendo regressado ao país na Primavera de 1913. Pouco tempo depois, no dia 17 de Julho desse ano, falecia na sua residência em Lisboa. Encontra-se sepultado na Figueira da Foz.
António de Macedo Papança escreveu a sua primeira poesia aos 14 anos e vários poemas da sua juventude foram reunidos na obra Crepusculares, dedicada a sua mãe e editada em 1876.
Em 1880 vê a luz do dia Catarina de Ataíde, um poema em três cantos. Obra publicada no âmbito do centenário de Camões, foi recitada pelo próprio autor, a convite do Instituto de Coimbra, na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra onde a numerosa assistência, em pé, aplaudiu vivamente o poeta.
Em 1882, por ocasião de mais um centenário, desta vez o do Marquês de Pombal, publica Telas Históricas um conjunto que reúne os poemetos O Grande Marquês e A Lenda do Jesuitismo.
Macedo Papança fez a tradução, em 1892, da obra Griselia, um mistério em 3 actos, 1 prólogo e 1 epílogo da autoria de Armand Silvestre e Eugène Morandé. Nesse ano publica também Poesias, uma das mais belas colecções de líricas da língua portuguesa, obra que incluiu os títulos Do Último Romântico e Páginas Soltas.
Em 1903 é publicado Bemvinda, um poema dramático em 5 cantos.
Em 1906, escreve a letra do Hino das Escolas (musicado por Augusto Machado), a solicitação do Departamento de Instrução Pública.
Em 1908 publica Musa Alentejana, por muitos considerada a sua obra maior. Em conjunto com uma nova edição desta obra, é publicada postumamente em 1954 a obra poética Lira de Outono (composta por Poemas do Alentejo e Últimas Poesias), que tinha permanecido inédita no espólio do autor.
Colaborou em diversos jornais e revistas e traduziu outros textos, para além de Griselia, como por exemplo a ópera D. César de Bazan, de Jules Massenet com libreto de Adolphe d’Ennery, Jean Henri Dumanoir e Jules Chantepie, ou o drama Severo Torelli, de François Coppée.
Considerada na cena literária portuguesa como uma obra poética que recolheu e espelhou as influências do parnasianismo francês de Leconte de Lisle, Théodore Banville ou Théophile Gautier (escola literária cujos rigorosos cânones formais foram muito divulgados em Portugal através da revista A Folha, publicada em Coimbra entre 1868 e 1873), a produção literária do Conde de Monsaraz liberta-se desses condicionalismos na sua fase final, sobretudo nos anos passados em Coimbra a acompanhar o filho, e surge recheada de um profundo saudosismo pelas origens de nascimento e infância do autor e pelas recordações dos seus antepassados. Como refere Hipólito Raposo, no prefácio a Lira de Outono, "Lá nos ermos do Alentejo, dos húmidos alvores do Guadiana, vinham refluir-lhe na alma as lembranças da infância, as crendices populares e os enleios de amor, as figuras ainda vivas ou já mortas, a abastança e a alegria dos anos da sua criação na vila de Reguengos."
Também Mário Beirão se refere a esta mudança de Macedo Papança: "A sua sensibilidade de homem do descampado venceu o convencionalismo, o brilho falso, exterior, da literatura poética da geração a que pertenceu e de que sofre, por algum tempo, natural influência; e, apartando-se do literato, do parnasiano, deu-nos um Poeta de singular dizer e de rica e livre inspiração. Desaparecido o ser formal, ficou o cantor da luz de oiro dos plainos que reverberam, extasiados, para além do Tejo."
Em Reguengos de Monsaraz existe, à semelhança do que acontece em diversas localidades, uma rua denominada de Conde de Monsaraz. A Escola Secundária de Reguengos de Monsaraz ficou enriquecida com a denominação de Escola Secundária Conde de Monsaraz. No prédio conhecido por Palácio Rojão pode ler-se um texto sobre o poeta numa lápide colocada na fachada principal. Em Julho de 2002 o Município promoveu uma sessão evocativa do 150º aniversário do nascimento de António de Macedo Papança e a edição de 2006 do certame Monsaraz Museu Aberto encerrou com um espectáculo equestre baseado na obra escrita do Conde de Monsaraz.
Foram consultados os periódicos reguenguenses O Eco de Reguengos e Jornal de Reguengos e ainda a edição conjunta de Musa Alentejana e Lira de Outono (Lisboa: Livraria Ferin, 1954) e a obra Nobreza de Portugal e do Brasil (Lisboa: Editorial Enciclopédia, Zairol, 1960-1989)"