quarta-feira, 13 de julho de 2011



A CRUZADA DAS MULHERES PORTUGUESAS


Na fotografia estão três filhas de Bernardino Machado - Maria, Jerónima e Elzira




Ver o capítulo - Solidariedade - do Web site de Carlos Alves Lopes, clicando em
http://momentosdehistoria.planetaclix.pt/MH_01_05_favorite.htm






CMP - Cruzada das Mulheres Portuguesas
(20-03-1916 - 1938)
A Cruzada das Mulheres Portuguesas foi criada a 20 de Março de 1916, por iniciativa de um grupo de mulheres, presidido por Elzira Dantas Machado, esposa do então Presidente da República, Bernardino Machado. Fundada para prestar assistência moral e material aos que dela necessitassem por motivo da guerra com a Alemanha, nos termos da respectiva Lei Orgânica. Os Estatutos, aprovados por Alvará do Governo Civil de Lisboa de 19 de Agosto de 1916 e do seu último Relatório, apresentado em Abril de 1933 pela Presidente cessante, Ana de Castro Osório. Organizou, em 1917, cursos de enfermagem destinados a preparar enfermeiras para os hospitais militares do País e dos corpos expedicionários; funcionaram estes cursos em Lisboa, num hospital Policlínico fundado por esta instituição, no antigo colégio de Campolide que o Governo lhe cedeu a título precário.
Um grupo de enfermeiras militares ainda prestou serviços, em 1918, mas por pouco tempo, nos hospitais da base do C.E.P., em França.
A recuperação dos feridos e doentes da Guerra e a reeducação dos mutilados mereceram também os cuidados deste organismo. Fundou a C.M.P. um hospital para recuperação, em Hendaia, e um Instituto de Reeducação dos Mutilados da Guerra. Assegurou a correspondência com afilhados de Guerra e teve a seu cuidado e tutela 285 órfãos de Guerra a quem subsidiou durante a infância e na escola primária.
Tratou depois da colocação dos rapazes em empregos compatíveis com as aptidões e às raparigas constituíram cadernetas de renda vitalícia.
Em 8 de Janeiro de 1918, por força do disposto no decreto-lei n° 3 372 (D.G. n° 6, 1ª Série), foram transferidos para a posse do Ministério da Guerra, os Institutos e os estabelecimentos hospitalares a cargo da C.M.P.
A sua extinção ocorreu em 1938, tendo o seu património sido transferido para a Liga dos Combatentes da Grande Guerra.


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