segunda-feira, 16 de maio de 2011












MUSEU BERNARDINO MACHADO











Os amigos de Coimbra de Bernardino Machado
«Inserida na actividade pedagógica do Museu Bernardino Machado denominada "Família nos Museus", o Professor José Machado propôs os contos e a poesia de João Penha, Gonçalves Crespo e de Alberto Braga para animar a tarde familiar no Museu, respectivamente no dia 14 de Maio, pelas 15h00. Apresentado pelo Professor Norberto Cunha, coordenador científico do Museu, o Professor José Machado é um erudito da cultura popular, colocando o tema em aberto da seguinte forma: as histórias são como o buraco da fechadura. Quando a história, e as histórias, não têm buraco de fechadura, acabam por não terem graça. Uma história é como quando se abre uma porta, na medida em que as histórias vivem-se e depois contam-se. Aplicadas à contemporaneidade, surgem histórias à volta da beleza e do feio e dos seus exageros (as crianças gostaram particularmente desta, a menina que era tão feia, tão feia, tão feia e que depois se tornou bela, por encantamento das fadas!), ou então sobre a questão do tempo, surgindo a questão moral de saber esperar enquanto virtude. Para o Professor José Machado o Museu, e os Museus, surgem como lugar de histórias para a memória. Desta forma, fomos na temática proposta para este ano se comemorar a Noite dos Museus pelo ICOM, com a temática "Museus e Memória".»













Culto Privado
«Apresentado pelo Dr Artur Sá da Costa em representação do Vereador da Cultura e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que não deixou de estar presente no final da sessão para cumprimentar o orador, Júlio Machado Vaz proferiu na “Noite dos Museus” uma conversa informal intitulada “Culto Privado”.Não só prestou uma homenagem ao bisavô, Bernardino Machado, o qual na família gera um “arco-íris de sentimentos” pelas imagens que são visionadas, como igualmente prestou a mesma homenagem aos pais. Evocando a temática da recordação, o pai de Júlio Machado Vaz surge como o catalisador da mesma conversa informal, assim como a mãe, e sempre como pano de fundo Bernardino Machado.Neste caso, a imagem do pai está bem viva, na medida em que acabou por organizar o espólio do avô que catalogava e organizava, dando informações a investigadores e a académicos, no sonho de um futuro museu. Recorde-se, aliás, que é este mesmo espólio a base fundadora do Museu Bernardino Machado, doado por seu pai à Câmara Municipal de V. N. de Famalicão.Considerando Elzira Machado Rosa a herdeira espiritual do mesmo espólio, na feitura do mesmo (recorde-se que Elzira Machado Rosa publicou “Bernardino Machado: protagonista da mudança”, 1991, e “A Educação Feminina na Obra Pedagógica de Bernardino Machado”, 1999, ambos os livros editados pela autarquia famalicense), a conversa desenvolveu-se pela antropologia médica e pelos valores humanos, muitas vezes esquecidos pelos próprios médicos. Aqui, destaca-se a multidisplinariedade dos saberes de Bernardino Machado, relativamente ao saber de hoje, mais especializado, um dos problemas da sociedade contemporânea, já que a especialização desumaniza. Para Júlio Machado Vaz, a sociedade de hoje que não comporta já os “ismos”, uma sociedade laicizada, a saúde e a medicina surgem como pano de fundo moral, existindo aqui, contudo, algo de paradoxal, a própria desumanização da saúde e da própria medicina. Se contra factos não há argumentos, e aqui diz que o bisavô Bernardino Machado gostaria de ouvir isto, é que há interpretações.»



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