terça-feira, 1 de março de 2011










Do portal do MUSEU BERNARDINO MACHADO:



"As Mulheres na Implantação da República” em livro. Sim, as mulheres também fizeram a República.




28-02-2011


No âmbito da homenagem a Elzira Dantas Machado e a Rita Dantas Machado, promovida pela CIVITAS BRAGA - Associação para a Defesa e Promoção dos Direitos dos Cidadãos e com o apoio da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e do Museu Bernardino Machado, o Vereador da Cultura e Vice-Presidente do Município Famalicense, Dr. Paulo Cunha, no momento simbólico da plantação do carvalho, no Jardim do Parque de Sinçães realçou que "o eixo-cultural norte-sul de V. N. de Famalicão, compreendido pela Casa das Artes, Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e pela Casa do Território, fica mais rico com este momento".

A simbologia do carvalho foi explicada pela historiadora Fina d`Armada, a qual realçou três momentos explicativos: a relação do carvalho com os druidas, que significava sabedoria e força; com a república francesa de 1848, na qual foram plantadas milhares de árvores pelas mulheres, e, finalmente, a relação da árvore com a República, em cujos actos comemorativos as mulheres plantavam o carvalho como símbolo de liberdade, sabedoria e força.

A continuidade da homenagem realizou-se no Museu Bernardino Machado, abrindo a sessão Manuela Granja, vice-presidente da direcção da CIVITAS BRAGA, enalteceu, não só, as homenageadas, Elzira Dantas Machado e Rita Dantas Machado, pelo papel que desempenharam à causa da cidadania feminina, como também a convergência de esforços da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, do Museu Bernardino Machado, da família Sá Marques, em especial Manuel Sá Marques, neto e filho das homenageadas, realçou, igualmente, que a historiadora Fina d`Armada não poderia ter escolhido melhor sítio para a apresentação do seu livro, "As Mulheres na Implantação da República". o Museu Bernardino Machado.
Fazendo as honras da casa, Norberto Cunha, coordenador científico do Museu Bernardino Machado, dando as boas vindas, realçou o papel do Museu Bernardino Machado como uma instituição cultural de âmbito nacional.

Adília Fernandes, investigadora da Universidade do Minho e da Universidade do Porto, apresentou a historiadora, focando que o livro era um hino às mulheres comuns, livro que nos trás um outro olhar sobre a República, preferindo a historiadora Fina d`Armada estudar particularmente as mulheres das classes populares.

Tal como Adília Fernandes o disse, acaba por ser a reescrita da história para a significação histórica das mulheres de uma forma magistral e apelativa.

Por seu turno, Fina d`Armada, na conferência que realizou, "As Mulheres na Implantação da República", salientou a ideia que ao estudar as mulheres não o tem feito por carreira, mas essencialmente como missão.

Na intervenção que realizou, Manuel Sá Marques, para além da parte afectiva e educacional estabelecida entre os avós e a mãe, transmitiu a ideia de que o ideário republicano já estava implantado nos municípios portugueses, até porque é o que se pode concluir com a quantidade e a qualidade das publicações que têm sido publicadas no âmbito das comemorações da República em Portugal, caso particular da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e do Museu Bernardino Machado, nomeadamente com a obra científica e pedagógica já publicada de Bernardino Machado, estando para sair o I Tomo da obra política.

Finalmente, o coordenador científico do Museu Bernardino Machado, ao encerrar a sessão, informou que é vontade do vereador da cultura, Dr. Paulo Cunha, propor ao executivo municipal a atribuição do nome das homenageadas, as duas feministas, na toponímia da cidade, secundado a proposta da CIVITAS BRAGA.

Ao encerrar a sessão de homenagem a Elzira e Rita Dantas Machado, Manuela Granja realçou que o património imaterial da República e a memória colectiva do município, perante a vontade manifestada do vereador da cultura, ficam assim mais enriquecidos.


Galeria de Fotos










Livro:




1 comentário:

Adília Fernandes disse...

A apresentadora do livro da Dra. Fina d´Armada tem o nome de Adília Fernandes e não Adília Lopes (a poeta)