sábado, 10 de julho de 2010







Bernardino Machado até morrer em 29 de Abril de 1944 nunca deixou de ser um lutador pela liberdade e democracia!










O manifesto de Bernardino Machado (Declaração de Tours), redigido em nome dos republicanos emigrados em França, em 25 de Setembro de 1939, e entregue pelas vias oficiais ao governo português, não teve resposta. Em Outubro de 1939 fica a residir em Biarritz. Com a invasão da França pelas tropas nazis, Bernardino Machado aceita regressar a Portugal, após decisão unânime dos seus correligionários e o conselho de seu médico assistente (Dr. Júlio Lopes). À entrada na fronteira portuguesa, em 28 de Junho de 1940, Bernardino Machado e sua filha Elzira, vinham acompanhados de Jaime Cortesão, sua mulher e filha Maria Judite, do capitão César de Almeida e sua Mulher, de Álvaro Pope e Ernesto Pope com sua Mulher. Envia ao presidente do Ministério, Oliveira Salazar, o seguinte telegrama: "Os meus compatriotas, quase todos antigos militares, que acabam de chegar a Portugal, entenderam que, na eventualidade de prestarem os seus serviços em defesa da Nação, não deviam conservar-se em França onde mais tarde poderiam ser impedidos de partir. E, devendo este grave momento ser de união para todos os portugueses, vim também para por minha parte dar o exemplo." Bernardino Machado no dia seguinte é molestado por um agente da polícia politica, a quem entrega o seguinte documento: "O Governo pode convidar-me a sair de Lisboa, o que me prontifico a fazer no prazo de 24 horas, pelo receio que porventura tenha de que a minha presença seja, contra minha vontade, causa de qualquer agitação. Mas o que não pode é condenar-me à detenção, seja onde for, porquanto não faltei nem sou capaz de faltar à declaração que ao Chefe do Governo fiz de que vim para pela minha parte dar o exemplo da união entre todos os portugueses." César de Almeida foi para a residência de Moura Pinto em Coja e Jaime Cortesão obrigado a escolher entre o Tarrafal e o Brasil...
Bernardino Machado viveu dois anos em Mantelães (Paredes de Coura) e outros dois na Senhora da Hora, nos arredores do Porto.
Recordo-me de ter "passado à máquina", por várias vezes, o Manifesto - "A União Nacional", redigido por Bernardino Machado em 1 de Setembro de 1940, e que era depois distribuído.






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