quarta-feira, 14 de abril de 2010





MUSEU BERNARDINO MACHADO
Vila Nova de Famalicão






"Na próxima sexta-feira, dia 16 de Abril, pelas 21h30, o Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão, promove mais uma conferência do ciclo “As Grandes Questões da I República”, dedicada ao tema “A oposição monárquica (das incursões couceiristas à Monarquia do Norte).

O debate terá como orador convidado o investigador Artur Ferreira Coimbra, que se prepara para publicar uma dissertação sobre Paiva Couceiro e a Contra-Revolução Monárquica (1910-1919). Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1982), pós-graduado em Assuntos Culturais no âmbito das Autarquias pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1995) e Mestre em História das Instituições e da Cultura Moderna e Contemporânea pela Universidade do Minho (2000), Artur Ferreira Coimbra foi vereador da Câmara Municipal de Fafe entre os anos de 1980 e 1982, sendo actualmente responsável pela animação cultural do município e programador do Teatro-Cinema de Fafe.

Refira-se que a contra-revolução monárquica sucedeu quase de imediato à proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910 e teve como objectivo primordial organizar um movimento politico-militar capaz de derrubar as instituições do novo regime e restaurar a situação vigente até àquela data. O chefe carismático da contra-revolução monárquica foi, sem dúvida, Henrique de Paiva Couceiro, um dos poucos realistas que resistiu em armas à revolução republicana e que, refugiado político na Galiza, comandou duas frustradas incursões no norte do País, em 1911 e 1912. No início de 1919, conseguiu subverter as instituições da parte do território continental que ia do Minho à linha do Vouga, restaurando a monarquia durante 25 dias. Em nome do Rei e estrategicamente, restaurou a Carta Constitucional de 1826. Contudo, o seu objectivo maior era o regresso à Monarquia Integral, medieval, católica e corporativa. Entretanto, foi fugaz a experiência da Monarquia do Norte, durante a qual uma Junta Governativa presidida por Couceiro revogou toda a legislação republicana promulgada desde 5 de Outubro de 1910, restaurou a bandeira e o hino monárquicos e legislou intensa e infrutiferamente. A sublevação monárquica de 1919 haveria de abortar, ao não lograr obter apoios fundamentais que poderiam garantir a sua sobrevivência."






1 comentário:

paula disse...

É pena não estar cá connosco... de coração sempre, não é?

Saudades
Paulamego