sábado, 17 de abril de 2010




ÁLVARO CEBREIRO

Caricatura de Ramon Torrado

Bernardino Machado num dos seus passeios, na Corunha (Julho de 1927), de que nos fala Villar Ponte, no artigo "El recreo de D. Bernardino", do jornal "El Pueblo Gallego", conforme registo no anterior blogue de 7 de Abril.
Está acompanhado por suas filhas, Elzira (5ª a contar da esquerda) e Jerónima (8ª), por Álvaro Cebreiro (1º) e Villar Ponte (4º)

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Quando Bernardino Machado, em fins de Abril de 1929, deixou Paris e passou a residir em Bayonne, Cebreiro, que continuou a viver naquela cidade, escreveu-lhe uma carta, onde podemos avaliar o seu temperamento extremamente afectuoso: - "Nunca como agora senti tantas e tantas saudades de minha mãe e de minha terra, e não é porque agora lhes tenha mais amor. Quando V. Ex. cia aqui estava o carinho e a bondade suas tinham-me feito esquecer, substituindo-os, o carinho e a bondade dos meus. A ausência destes dois carinhos são agora duas imensas saudades que me fazem andar sempre triste. Não sei viver alegre se não sinto perto de mim corações amigos. No fundo eu também sou um daqueles "emocionais" egoístas de que V. Ex. cia fala sempre e que tanto se dão na nossa terra. Eu não tenho a culpa de ser assim e consolo-me deste meu defeito quando penso que, embora não seja bom, é um defeito da nossa raça."

Nesta carta dá conta dum pedido feito por Bernardino Machado, e escreve: "...ao seu belo livro O Militarismo que para nossa honra na Galiza nasceu."






Um postal que Cebreiro enviou a minha Tia Elzira, antes de meu Avô Bernardino partir com a Família para Bayonne







Na comunicação de Humberto Busto sobre o epistolário de Álvaro Cebreiro, que citámos no anterior blogue, lê-se: "Estudou no ensino comercial, que abandonou, por causa da troça que os seus colegas faziam, por sofrer de alopecia surgida em jovem e que se manteve por muitos anos". Cebreiro andava sempre de bóina, para esconder a sua calvice.





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