A Camara Municipal Republicana de 1908 - Perseguição ao Vereador eleito Tomás Cabreira - Intervenções de Bernardino Machado
Já nos referimos às eleições municipais que decorreram no dia 1 de Novembro de 1908 (Ver no blogue do dia 9 de Julho de 2009 a conferência de Bernardino Machado, na sede da Comissão Municipal Republicana de Lisboa, proferida em 16 de Outubro de 1908) e à perseguição desencadeada a Tomás Cabreira ( Ver blogue do dia 17 deste mês).
O blogue de hoje é dedicado à Escola Secundária Tomás Cabreira de Faro
"Na véspera das eleições municipais, o governo monárquico tomou, em 31 de Outubro, uma iniciativa que teve graves consequências de natureza moral e política. Por portaria do Ministério da Guerra foi imposta a um dos candidatos republicanos por Lisboa, o capitão de infantaria e professor da Escola Politécnica, Tomás Cabreira, a pena de seis meses de prisão a cumprir no Forte de Elvas por ter tomado parte em dois comícios de propaganda eleitoral para justificação da lista de fazia parte. Para o oficial visado os prejuízos acarretados por essa sanção eram de vulto, pois como militar e professor os seus direitos, reconhecidos por lei, ficavam gravemente lesados. Para protestar contra essa violência realizaram-se, em diversos pontos, manifestações e comícios. O de Lisboa em 8 de Novembro, extraordináriamente concorrido, foi uma pública homenagem ao oficial atingido e terminou aprovando-se por aclamação uma moção na qual se dizia: "O povo de Lisboa, reunido em comício público, protesta, solenemente, contra o violento e injusto castigo imposto pelo governo ao cidadão Tomás Cabreira e, ao mesmo tempo, aos eleitores desta cidade, privando-o temporariamente dos direitos que por eles, na sua legítima soberania, lhe foram conferidos para o desempenho do cargo de vereador municipal e resolve enviar-lhe a expressão da sua solidariedade e simpatia. ("História da República - Editorial Século").
"Na véspera das eleições municipais, o governo monárquico tomou, em 31 de Outubro, uma iniciativa que teve graves consequências de natureza moral e política. Por portaria do Ministério da Guerra foi imposta a um dos candidatos republicanos por Lisboa, o capitão de infantaria e professor da Escola Politécnica, Tomás Cabreira, a pena de seis meses de prisão a cumprir no Forte de Elvas por ter tomado parte em dois comícios de propaganda eleitoral para justificação da lista de fazia parte. Para o oficial visado os prejuízos acarretados por essa sanção eram de vulto, pois como militar e professor os seus direitos, reconhecidos por lei, ficavam gravemente lesados. Para protestar contra essa violência realizaram-se, em diversos pontos, manifestações e comícios. O de Lisboa em 8 de Novembro, extraordináriamente concorrido, foi uma pública homenagem ao oficial atingido e terminou aprovando-se por aclamação uma moção na qual se dizia: "O povo de Lisboa, reunido em comício público, protesta, solenemente, contra o violento e injusto castigo imposto pelo governo ao cidadão Tomás Cabreira e, ao mesmo tempo, aos eleitores desta cidade, privando-o temporariamente dos direitos que por eles, na sua legítima soberania, lhe foram conferidos para o desempenho do cargo de vereador municipal e resolve enviar-lhe a expressão da sua solidariedade e simpatia. ("História da República - Editorial Século").
Neste comício Bernardino Machado foi um dos oradores. Transcrevemos a sua intervenção, inserida no livro "Pela República - 2º Volume - 1908-1909":
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