sábado, 31 de janeiro de 2015






Para comemorar a Revolução de 31 de Janeiro de 1891 !




















quinta-feira, 29 de janeiro de 2015







Do blogue  -  dopresente  - do meu bom amigo Amadeu Gonçalves





"Os Democratas de Braga"

"Os Democratas de Braga"

Amadeu Gonçalves



Para o Dr. Artur Sá da Costa
exemplo de cidadania e de coerência
com o meu abraço de amizade fraterna


“As memórias políticas aqui reunidas são as da desta geração que assiste à entronização de Salazar e á consolidação do Estado Novo, que enfrenta de cara destapada o ditador, rejeita e combate o regime, marcando uma fronteira de liberdade, defendida por uma trincheira de resistência e de oposição à barbárie totalitária.”

Artur Sá da Costa

Só a liberdade é a paz… Se amo a liberdade com tanto fervor, é mesmo, sobretudo, por ser ela a única força de ordem e de paz, a única força verdadeiramente fraternizadora.”

Bernardino Machado

O próximo dia 7 de Fevereiro de 2015 ficará para a História de Vila Nova de Famalicão: no Museu Bernardino Machado vai ser apresentado, por José Manuel Tengarrinha, o livro “os Democratas de Braga” (Edições Húmus), organizado por Artur Sá da Costa, Henrique Barreto Nunes e José Viriato Capela. A escolha do local para a apresentação do livro não poderia ter sido o melhor, já que Bernardino Machado representa essa luta simbólica e real contra a ditadura, melhor, contra as ditaduras: na grata expressão de Amadeu Carvalho Homem, Bernardino Machado é o inimigo público n.º 1 das ditaduras em Portugal, combatendo João Franco, Pimenta de Castro, Sidónio Pais e Oliveira Salazar. Dividido em “Testemunhos”, “Memórias Recuperadas” e em “Evocações”, o livro “Os Democratas de Braga” retrata a actividade da oposição democrática ao Estado Novo, entre a política e a cultura, representando, precisamente, essa trajectória bernardiniana. Com dez colaboradores de Vila Nova de Famalicão (Salvador Coutinho, Manuel Gouveia Ferreira, Joaquim Loureiro, Margarida Malvar, macedo varela, Armando bacelar, António Pinheiro Braga, Guilherme Branco, Manuel Cunha e Lino Lima) e com textos de outros colaboradores que abarcam outros concelhos (Fafe, Braga, Barcelos, Vieira do Minho, Terras do Bouro e Guimarães), o livro “Os Democratas de Braga” contém uma visão multidisciplinar, entre socialistas, comunistas e católicos, das actividades da oposição democrática perante o Estado Novo no Minho, dando novos contributos históricos para a investigação e a historiografia contemporânea. Conforme nos diz Artur Sá da Costa na sua introdução histórico e pedagógica numa contextualização da obra: “Desenganem-se aqueles que julgam que este conjunto de memórias e testemunhos políticos pouco acrescentem de novo […] ao debate e à análise histórico/político da ação das oposições no distrito de Braga.” De facto, se não há história sem memória, também não haverá história se não houver novos dados documentais e historiográficos para uma investigação multidisciplinar e da própria História. Neste âmbito, Vila Nova de Famalicão tem sido exemplar (assim como outros municípios também o têm sido, conforme nos exemplifica Henrique Barreto Nunes no seu estudo bibliográfico sobre a oposição democrática no distrito de Braga) na preservação e na investigação, assim como na divulgação dos vários espólios (entre a política, a cultura e a actividade sindical) existentes na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, no Museu Bernardino Machado e no Arquivo Municipal, dando origem a novos estudos. Os organizadores e os colaboradores do livro “Os Democratas de Braga” representam aquela ideia Bernardiniana de Liberdade e de Cidadania: “Sem cidadãos livres não há liberdades públicas.”


 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015




A LIGA DE PARIS E A DITADURA MILITAR  -  4


Américo Limpo de Negrão Buisel  (continuação)
"Vêm os Buisel portugueses de um jovem alemão, que, rebelando-se contra a política do Kaiser, fugiu para França e aí casou com uma senhora francesa. Um dos seus descendentes radicou-se na Catalunha, em Espanha, de onde parte D. Jerónymo Baudilio Buisel, para instalar no Algarve uma fábrica de cortiça. Casa em 1867 com uma senhora portimonense , Ana de Almeida Negrão.
Família rica, liberal, tradicional, abastada e socialmente muito conceituada na vila, com larga tradição monárquica, que sacrifica os seus bens em acções filantrópicas.
Teve o casal Negrão Buisel seis filhos, a quem deu formação superior, entre eles José Negrão Buisel, que viria a ser um notável professor em Portimão e que abraçaria a ideologia anarco-sindicalista, que lhe traria muita fama e maiores dissabores." Dados retirados do blogue - "Baú da Madeira - coisas e loisas das vovós e ... não só"


Um dos filhos de Jerónymo Baudilio Buisel -  José Negrão Buisel - pai de Américo Limpo de Negrão Buisel - nasceu em Portimão (27.10.1875) e faleceu no Hospital do Desterro (8. 5.1954) - Pedagogo, professor e fundador do Colégio Lusitano de Portimão - Militante da União Anarquista Portuguesa - UAP - em Faro  -  Director do jornal libertário "A Verdade".




































 
 
 
 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015



A LIGA DE PARIS E A DITADURA MILITAR  -  3

Américo Limpo de Negrão Buisel  (continuação)
1929/1931
Cartas de Américo Buisel para Bernardino Machado,
enviadas entre 1929 e 1930.
Durante este período Bernardino Machado residiu em
Paris - Abril de 1928 a Abril de 1929, depois em Ustaritz
-  até Julho de 1928, e em seguida em Beyris, onde se
manteve até Janeiro de 1932.
Nalgumas das cartas Buisel refere as razões da suspensão
da publicação do jornal "A Revolta"  e a sua vontade para
dirigir o novo jornal "A Liberdade", do qual ainda se
editaram dois números.