quarta-feira, 30 de novembro de 2011




O Dr. Amadeu Gonçalves, no seu blogue "dopresente" -http://dopresente.blogspot.com/ - faz-nos o relato das sessões dos
"Encontros de Outono", realizadas nos passados dias  25 e 26 na Casa das Artes
de Famalicão, e organizadas pelo MUSEU BERNARDINO MACHADO.
Um abraço de gratidão!



Estive presente na homenagem aos docentes demitidos durante o Estado Novo.




Na cerimónia realizada  na Reitoria da Universidade de Lisboa, assisti com emoção ao descerramento da lápide comemorativa.



Recordei meu primo António (António Barros Machado), o primeiro docente universitário a ser afastado do ensino durante o Estado Novo. Vivi, como universitário, esses anos de "perseguição política desses elementos por parte de um regime que considerava a liberdade de opinião e de expressão, e portanto a liberdade científica, como incompatíveis com a segurança do Estado". No meu 5º ano do curso de Medicina foram demitidos muitos dos meus professores  - Pulido Valente, Fernando da Fonseca, Cascão de Anciães, Dias Amado, Celestino da Costa, Adelino Costa, Cândido de Oliveira e Manuel Valadadres.
Professor Manuel Valadares

Lembro um exame que foi uma lição de civismo! Frequentei a Faculdade de Ciências no ano lectivo de 1941/42, nos chamados Preparatórios do Curso de Medicina (Física, Química, Botânica e Zoologia); no primeiro trimestre a Física foi ministrada pelo Professor Cirilo Soares, nos moldes do ensino clássico daquela cadeira, onde se ensinava a Óptica, a Acústica e a Mecânica. O Professor Cirilo Soares aposentou-se em Dezembro de 1941, tendo acabado as aulas de Óptica, e foi substituído pelo Professor Manuel Valadares, que iniciou o seu primeiro Curso de Física Atómica. Durante estes  dois trimestres as suas aulas foram frequentadas por uma multidão de alunos. Para ter lugar sentado íamos para a Faculdade de manhã cedíssimo. Que aulas magistrais! Passava para o meu caderno tudo o que o Professor Valadares escrevia no quadro, e quando regressava a casa repetia a meu Pai os ensinamentos recebidos. Chegou o Verão e fui fazer o exame, uma prova escrita, cuja  primeira pergunta era sobre Óptica. Era uma lição! O respeito pelo Mestre! Inesquecível!





terça-feira, 29 de novembro de 2011



Bernardino Machado no Governo Provisório
 da 1ª República

 


Retiramos deste livro, organizado e escrito pelo Professor Doutor Norberto Ferreira da Cunha, e editado pelo Museu Bernardino Machado - Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a parte referente  ao trabalho de Bernardino Machado no Governo Provisório da 1ª República 



A Política 
Bernardino Machado ecreveu,em 1897, em "Notas de um Pai - As Creanças"

domingo, 27 de novembro de 2011



"A opressão financeira, o monopólio, é a consequência letal, o fruto venenoso do despotismo político" 
  Bernardino Machado - No comício republicano de 10 de Setembro de 1905, no Porto


Duas fotografias do Comício republicano de 10 de Setembro de 1905, no Porto - (Da Ilustração Portuguesa).

Do livro "História da República" - Editorial Seculo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011



Por circunstâncias que vieram opor-se à minha vontade não pude estar presente nos "Encontros de Outono", que hoje tiveram início em Famalicão. Como nos anos anteriores foram organizados pelo Coordenedor Científico  do Museu Bernardino Machado, Professor Doutor Norberto Ferreira da Cunha, e reunem uma pleida de historiadores.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Arquitecto Armindo Costa, abriu, nesta sexta-feira, os Encontros de Outono 2011, que decorrem na Casa das Artes, sob o tema "A Política dos Melhoramentos Materiais em Portugal – da Regeneração ao século XXI". No seu discurso, Armindo Costa enalteceu o papel dos municípios no desenvolvimento e progresso do país. O autarca foi ainda mais longe ao criticar quem aponta os municípios como "os gastadores do regime". "A dívida pública de todos os municípios representa uma ínfima parte do total da dívida pública portuguesa",  e afirmou:

" Estes Encontros de Outono são um excelente exemplo do papel que deve caber a uma instituição como o Museu Bernardino Machado. Um Museu de iniciativa municipal, ou seja, um museu que resulta do trabalho de uma autarquia em prol da cultura. Um Museu que está integrado na Rede Portuguesa de Museus, que desenvolve actividades de dimensão nacional, sendo hoje uma referência nos meios académicos, científicos e culturais.

Estes Encontros de Outono colocam Famalicão e o Museu Bernardino Machado na rota dos grandes eventos do pensamento cultural e histórico que é produzido nas melhores universidades portuguesas.
O museu Bernardino Machado tem outras características únicas, que fazem dele um museu singular no plano nacional. A par da exposição permanente, cada vez mais visitada, o Museu desenvolve um vasto e diversificado plano de actividades, tanto a nível da investigação, como no plano do debate das ideias, e no domínio da edição de monografias e catálogos.
Hoje, temos em Vila Nova de Famalicão um dos melhores arquivos documentais sobre a 1ª República Portuguesa.
Estes Encontros de Outono, com o seu rico painel de conferencistas, vão contribuir para mais uma grande jornada de conhecimento da nossa história colectiva mais recente."


Um apertado abraço de gratidão ao Professor Doutor Norberto Cunha e a toda a sua Equipa de Trabalho do Museu Bernardino Machado!



Bernardino Machado e as Colónias
Extraido de "O Acto Colonial da Ditadura" - Agosto de 1930




quinta-feira, 24 de novembro de 2011


Fotografias de Bernardino Machado
 na Cidadela de Cascais

Durante o 4º Congresso Internacional de Turismo - Maio de 1911 - da Ilustração Portuguesa - 29 de Maio de 1911





Na Presidência da República - 1917


Com as filhas Joaquina (à sua direita) e Maria (à sua esquerda)







Da esq. para a dir. - Joaquina Machado, Leote do Rego, Ester Norton de Matos, Bernardino Machado, Norton de Matos, Rita Norton de Matos e Domingos Machado

quarta-feira, 23 de novembro de 2011




Fotografias retiradas da hemeroteca francesa - Gallica - Soldados portugueses  na 1ª Grande Guerra



terça-feira, 22 de novembro de 2011



Do livro da Dra. Fina d'Armada - "Republicanas quase Desconhecidas", retiramos esta interessante imagem, de Júlia Figueiredo, sobrinha do primeiro governador civil de Bragança, João José de Freitas. Todo o vestuário ainda existe e foi exibido, em manequim, na exposição comemorativa do centenário da República, no Arquivo Distrital de Bragança, Outubro de 2010.





A Dra. Fina d'Armada acaba de me oferecer o seu último livro - "Republicanas quase Desconhecidas". Tive o gosto de poder ajudar nalgumas referências e escrever, no prefácio do livro,  umas palavras de reconhecimento. Dra. Fina d'Armada aceite um beijo de gratidão  do Manuel Sá Marques!