Bernardino Machado e a Intervenção de Portugal na Primeira Grande Guerra
Na HEMEROTECA DIGITAL encontram-se digitalizados os seis números da revista "Portugal na Guerra"
PORTUGAL NA GUERRA – Revista Quinzenal Ilustrada inicia a sua actividade
a 1 de Junho de 1917, publicando na totalidade 6 números, encerrando a sua publicação em Novembro de 1917. Foi seu director, Augusto Pina, secretário de redacção, José de Freitas Bragança, e teve como principais jornalistas Mayer Garção, Alfredo de Mesquita, José Paulo Fernandes e o colunista, Capitão X, que por motivos óbvios mantém sigilosa a sua identificação. Portugal na Guerra apresenta-se aos leitores como uma revista do Corpo Expedicionário Português na I Grande Guerra Mundial, nos palcos da Europa, contando com a «colaboração literária dos mais notáveis escritores portugueses e estrangeiros, cartas dos principais capitães do mundo, colaboração artística dos maiores artistas portugueses» e um «serviço fotográfico especial junto das tropas portuguesas em França a cargo de «Arnaldo Garcez» e como «correspondente fotográfico em Portugal, Alfredo Lima». «O título desta publicação é já o título de um capítulo da história de Portugal. Quando, mais tarde e não muito tarde porque a história está cada vez mais impaciente por palavra que há-de designá-lo, a sua pena involuntariamente escreverá – Portugal na guerra. Assim, nós, ao empreendermos esta publicação destinada a documentarmos a intervenção militar dos portugueses na maior conflagração de que à memória na história da humanidade, não encontramos designação que melhor lhe conviesse. As razões do nosso empreendimento contêm-se na própria magnitude do acontecimento que o inspira».«Mas se a guerra em si mesma é um facto de consideráveis proporções, em relação à história do mundo, a guerra que nós próprios vamos fazer com os nossos soldados, em campos de batalha comuns, é, em relação à nossa historia, um acontecimento de tamanha grandeza que podemos considerá-la único nos anais da nacionalidade». «Esse momento nos propomos fixar nesta publicação, destinada como já dissemos, a documentar o esforço militar de Portugal na presente guerra, mas destinada também, se isso for possível, a manter elevado o espírito nacional, pelo exemplo glorioso dos seus». O número 1 de Portugal na Guerra apresenta igualmente como artigos
principais a primeira proclamação às tropas portuguesas do General Tamagnini, bem como a reprodução da primeira página da declaração de guerra da Alemanha a Portugal. A campanha militar portuguesa na frente de combate merece destaque especial nas páginas desta revista, com a crónica “Diário de Campanha do Capitão X”. O número 2 apresenta textos assinados por Mayer Garção, J de F. B., Alfredo Mesquita, José Paulo Fernandes e o Capitão X, destacando as noticias sobre o corpo expedicionário português em França, bem como aqueles políticos franceses que considera como amigos de Portugal, no caso Henri Lavaden. Os números seguintes darão a conhecer aos leitores portugueses homens como Raymond Poincaré, Paul Adam, o General Leman, juntamente com artigos do Capitão André Brun, sobre a situação na frente das linhas portuguesas e o moral das tropas. A viagem do Presidente da República, Bernardino Machado, as suas visitas e encontros em Paris e na retaguarda da frente de combate, são a preocupação central dos dois últimos números da revista, em reportagem do enviado especial da revista, José Bragança.
Luís Filipe Figueiredo
(9/12/05)
Clicar sobre as imagens para leitura
a 1 de Junho de 1917, publicando na totalidade 6 números, encerrando a sua publicação em Novembro de 1917. Foi seu director, Augusto Pina, secretário de redacção, José de Freitas Bragança, e teve como principais jornalistas Mayer Garção, Alfredo de Mesquita, José Paulo Fernandes e o colunista, Capitão X, que por motivos óbvios mantém sigilosa a sua identificação. Portugal na Guerra apresenta-se aos leitores como uma revista do Corpo Expedicionário Português na I Grande Guerra Mundial, nos palcos da Europa, contando com a «colaboração literária dos mais notáveis escritores portugueses e estrangeiros, cartas dos principais capitães do mundo, colaboração artística dos maiores artistas portugueses» e um «serviço fotográfico especial junto das tropas portuguesas em França a cargo de «Arnaldo Garcez» e como «correspondente fotográfico em Portugal, Alfredo Lima». «O título desta publicação é já o título de um capítulo da história de Portugal. Quando, mais tarde e não muito tarde porque a história está cada vez mais impaciente por palavra que há-de designá-lo, a sua pena involuntariamente escreverá – Portugal na guerra. Assim, nós, ao empreendermos esta publicação destinada a documentarmos a intervenção militar dos portugueses na maior conflagração de que à memória na história da humanidade, não encontramos designação que melhor lhe conviesse. As razões do nosso empreendimento contêm-se na própria magnitude do acontecimento que o inspira».«Mas se a guerra em si mesma é um facto de consideráveis proporções, em relação à história do mundo, a guerra que nós próprios vamos fazer com os nossos soldados, em campos de batalha comuns, é, em relação à nossa historia, um acontecimento de tamanha grandeza que podemos considerá-la único nos anais da nacionalidade». «Esse momento nos propomos fixar nesta publicação, destinada como já dissemos, a documentar o esforço militar de Portugal na presente guerra, mas destinada também, se isso for possível, a manter elevado o espírito nacional, pelo exemplo glorioso dos seus». O número 1 de Portugal na Guerra apresenta igualmente como artigos
principais a primeira proclamação às tropas portuguesas do General Tamagnini, bem como a reprodução da primeira página da declaração de guerra da Alemanha a Portugal. A campanha militar portuguesa na frente de combate merece destaque especial nas páginas desta revista, com a crónica “Diário de Campanha do Capitão X”. O número 2 apresenta textos assinados por Mayer Garção, J de F. B., Alfredo Mesquita, José Paulo Fernandes e o Capitão X, destacando as noticias sobre o corpo expedicionário português em França, bem como aqueles políticos franceses que considera como amigos de Portugal, no caso Henri Lavaden. Os números seguintes darão a conhecer aos leitores portugueses homens como Raymond Poincaré, Paul Adam, o General Leman, juntamente com artigos do Capitão André Brun, sobre a situação na frente das linhas portuguesas e o moral das tropas. A viagem do Presidente da República, Bernardino Machado, as suas visitas e encontros em Paris e na retaguarda da frente de combate, são a preocupação central dos dois últimos números da revista, em reportagem do enviado especial da revista, José Bragança.
Luís Filipe Figueiredo
(9/12/05)
Clicar sobre as imagens para leitura
Sem comentários:
Enviar um comentário